BRASIL - Coração acelerado, sensação de bem-estar, falta de concentração e apetite. Com certeza, quem já se apaixonou ou está vivendo um grande amor conhece esses sentimentos. Para a clínica-geral Rossana Russo Funari, essas reações estão ligadas a um verdadeiro coquetel de hormônios, liberados pelo cérebro na corrente sanguínea.
A dopamina, segundo a especialista, é uma das principais substâncias responsáveis pela descarga de emoções, deixando a pessoa agitada, corajosa e mais disposta. Mas, também promove a perda do sono e apetite. “Algumas áreas do cérebro ficam tão ativas, que é possível comparar ao mecanismo cerebral de um viciado em cocaína”, salienta.
Também associada ao bem-estar, a endorfina, substância natural produzida pelo cérebro, é uma das que sofre alteração durante a paixão. Por isso, de acordo com a médica, estar amando pode ser considerado um ótimo remédio, já que além da felicidade, diminui o estresse, ansiedade e depressão.
A clínica-geral destaca que no início de um relacionamento também ocorre a diminuição de substâncias com efeito calmante, como a serotonina, o que explica atitudes impulsivas nessa fase.
Apesar desse turbilhão hormonal, Rossana Russo Funari garante que, após um determinado tempo, chega-se a uma fase de calmaria e os níveis de ocitocina, hormônio produzido no hipotálamo e responsável pela melhora do humor, diminuição da ansiedade e aumento da ligação entre parceiros, tendem a se equilibrar.
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