Dia Internacional da Mulher

Dia Internacional da Mulher: conheça a mulher sexualmente atual

Muitas mulheres não sabem lidar com as emoções e nem ter autoestima.

Na Mira

Atualizada em 27/03/2022 às 11h25
Dia Internacional da Mulher.
Dia Internacional da Mulher. (Foto: Reprodução Internet)

No Dia Internacional da Mulher são abordados muitos temas voltados ao universo feminino. Mas, sexo ainda é um tema pouco explorado, já que ainda constitui-se um tabu, mesmo em pleno século XXI. Buscando quebrar barreiras, a consultora sexual Fabiane Dell'Antonio, que tem Especialização em Sexualidade Humana pela Universidade de São Paulo, fala sobre a mulher sexualmente atual.

Segundo a consultora, por trás do estereótipo mulher recatada e do lar que faz sexo apenas com uma pessoa, existe um novo formato de mulheres modernas que podem ser denominadas como mulheres independentes sexualmente, afinal, atualmente estar num relacionamento afetivo ou sexual é escolha, opção.

“Já deu para perceber que as mulheres modernas podem ter vários parceiros sexuais, realizam suas fantasias sem ter medo do pensamento do outro como, sexo anal, sexo grupal, swing, transam em lugares públicos, praticam o BDSM (bondage, disciplina, dominação e submissão), defendem seus direitos de igualdade no sexo, mas possuem um ponto fraco que ainda não foi resolvido por muitas, a necessidade de serem amadas e desejadas pelo outro”, explica.

Ainda de acordo com Fabiane Dell'Antonio, para mostrarem sua independência mulheres “sexualmente resolvidas” tendem a despertar uma incompatibilidade de prazer, pois, podem fingir orgasmos, transar sem vontade para agradar o outro (mesmo sentindo dor), trocar de parceiros ou realizar o ménage (sexo à três) sem possuir essa fantasia, ou seja, fazem de tudo por acreditarem que agindo assim serão amadas e não trocadas e descartadas.

“Mas o curioso é que essa falsa liberdade sexual mascara a carência que sentem por problemas e afetos mal resolvidos desde a infância, por serem reprimidas por seus pais e sociedade na questão sexual, não foram estimuladas pela família a acreditar em si mesma e saber lidar com as emoções, ter autoestima, ser independente emocionalmente antes de tudo”, destaca.

A consultora sexual aponta que, hoje, mulheres fazem sexo com vários homens no mês, na semana, e algumas até num mesmo dia. Seduzem, pedem por sexo, mas não conseguem pedir como querem o sexo, como gostam, como desejam que o outro as estimule, as tratem.

“Muitas acham que receber um homem em sua casa ou motel e fazer sexo significa liberdade sexual, independência... mas fazem tudo o que eles querem, aceitam receber migalhas por um gozo, e quando o homem some ou as trai choram desesperadas sentindo-se as azaradas em questão de encontrar a pessoa certa”, revela.

Mas, e o amor próprio? Este está presente quando simplesmente faz sexo? Fabiane Dell'Antonio explica:

“Mulheres, sexo por sexo não supre suas carências afetivas e emocionais, aliás, ele pode agravar sua situação emocional. Já o amor, cumplicidade, respeito, autoestima podem fazer de você uma nova mulher capaz de fazer as escolhas certas porque sempre escolherá você antes de tudo, antes de qualquer pessoa. Que neste mês das mulheres nós possamos conseguir dizer mais não, falar como gostamos e queremos no sexo, não fingir prazer e orgasmo quando não o temos, e principalmente... amar a nós mesmas! Só assim teremos relacionamentos afetivos e sexuais felizes, completos e saudáveis”, defende.

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