CUIDADOS

Obesidade na terceira idade: preocupação dobrada

Nutricionista mostra os riscos de estar acima do peso durante essa fase da vida.

Com informações de assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h30
Na maioria das vezes os índices adotados para detectar a obesidade em idosos são os mesmos aplicados em adultos
Na maioria das vezes os índices adotados para detectar a obesidade em idosos são os mesmos aplicados em adultos (Foto: Reprodução)

SÃO PAULO - Má alimentação e falta de exercício físico. Estes são alguns dos fatores que levam um quinto da população brasileira adulta, ou quase 30 milhões de pessoas, a estar acima do peso, de acordo com estudo publicado no primeiro semestre deste ano na revista científica Lancet. Muitas vezes, são essas escolhas que o indivíduo faz quando jovem que acarretam efeitos positivos ou negativos durante a velhice e, com a obesidade, não é diferente.

Segundo a nutricionista do Hapvida, Edilene Siqueira, na medida em que se envelhece o metabolismo basal diminui, então se continuamos a consumir as mesmas calorias de quando jovens ativos, vai sobrar energia para armazenar, o que acarreta o aumento de gordura e, consequentemente, a obesidade.

De acordo com a especialista, na maioria das vezes os índices adotados para detectar a obesidade em idosos são os mesmos aplicados em adultos. O mais comum é o Índice de Massa Corporal (IMC), onde se deve elevar ao quadro a altura da pessoa e dividir pelo peso o resultado obtido. A diferença são as margens.

“A obesidade é uma doença inflamatória que pode estimular artrites, lesões em articulações pelo esforço do peso, excesso de gordura, resistência da atuação da insulina e, consequentemente, ao Diabetes. Pelo esforço de carregar mais peso que o esqueleto está preparado, pode levar a perda de equilíbrio e fraturas em ossos ou mesmo a elevação de pressão arterial”, explica a nutricionista.

Edilene Siqueira diz ainda que a família pode ajudar o idoso obeso, participando em conjunto com ele e também não criticando as suas escolhas para atividade. Foi o que a família do funcionário público Fabiano Reis, de 69 anos, adotou. Acima do peso e com problemas ocasionados pelo alto índice de colesterol, os filhos se revezam para levá-lo para se exercitar.

“O médico recomendou que eu mudasse a alimentação e também praticasse alguma atividade física. Meus filhos, então, me levam umas três vezes por semana para caminhar na praia. Todo mundo me dá muito apoio, pois é um processo muito difícil para quem não está costumado”, contou Reis.

Ele diz que, por causa dos hábitos durante a juventude e fase adulta, acabou tendo problemas, incluindo a obesidade. A nutricionista diz que o caso do funcionário público é o que acontece na maioria das vezes. “A falta de atividade física e a má alimentação causam doenças que surgem no decorrer da velhice ou mesmo por manter hábitos antigos de quando jovem”, afirma a especialista.

CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL SEGUNDO O IMC ADOTADO PARA O IDOSO

IMC / Classificação do estado nutricional

< 22 kg/m2 – desnutrição

22 – 27 kg/m2 – eutrofia

> 27 kg/m2 - obesidade

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