Sua Saúde

Conheça distonia e seus sintomas

Sua principal característica são as contrações dos músculos.

Divulgação

Atualizada em 27/03/2022 às 11h30
Distonia é uma condição neurológica caracterizada por movimentos involuntários decorrentes de uma contração muscular que podem levar a deslocamentos de partes do corpo, ocasionando muita dor.
Distonia é uma condição neurológica caracterizada por movimentos involuntários decorrentes de uma contração muscular que podem levar a deslocamentos de partes do corpo, ocasionando muita dor. (Foto: Reprodução)

A distonia é uma doença neurológica causada por movimentos involuntários que podem ocorrer em diversas partes do corpo. Sua principal característica são as contrações dos músculos favoráveis e desfavoráveis ao movimento, simultaneamente, que pode causar problemas de postura e dor, assim como aumento do tônus muscular. Em alguns casos, como na distonia cervical, também pode ocorrer tremor. Fatores como desidratação, estresse e alimentação inadequada podem agravar os sintomas.

Em geral, elas surgem devido a uma disfunção do sistema nervoso responsável por controlar o movimento muscular, em uma área denominada núcleos da base. Com seu funcionamento alterado, resulta na contração involuntária de alguns músculos. Sua origem pode ser genética, traumas na cabeça ou decorrente de doenças como AVC e Parkinson.

Podem ser classificadas como focais, segmentares, multifocal e generalizada, conforme explica o dr. Delson José da Silva, coordenador do Departamento de Transtornos do Movimento da Academia Brasileira de Neurologia.

“São focais quando se localizam somente em uma parte do corpo, como olhos (blefaroespasmo). Segmentares quando localizadas em mais de uma parte do corpo de forma contígua, como cervical e membro superior, olhos e boca, entre outros. Multifocal atinge mais de uma parte não contígua, e generalizada está presente em mais de duas regiões, incluindo um membro inferior”, esclarece.

Segundo dr. Delson, a doença pode atingir qualquer faixa etária, assim como ser hereditária ou esporádica. Sobre o diagnóstico e tratamento, afirma: “Fazemos uma anamnese e exames clínicos para diagnosticar. Os exames complementares são para afastar as causas secundárias em outras patologias que podem acarretar em distonias. O tratamento pode ser medicamentoso. Atualmente, indicamos principalmente aplicações de toxina botulínica, em especial nas distonias focais”.

Até o momento, a distonia não possui cura, pois faz parte do grupo de doenças neurogenerativas. Apesar dos avanços tecnológicos, na maioria das vezes não se encontra uma causa da doença, concentrando os esforços para reduzir a intensidade dos sintomas. Como não é passível de prevenção, se o indivíduo possuir histórico familiar é aconselhável procurar orientação neurológica para conhecer melhor as chances de portar ou transmitir o seu gene.

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