Desde os primeiros dias de vida até a terceira idade, a audição é um sentido fundamental para o desenvolvimento, a comunicação e a independência dos indivíduos em sociedade. Embora a audição seja de extrema importância, a população em geral não tem consciência sobre a perda auditiva e suas consequências, segundo pesquisa realizada pela MED-EL, empresa austríaca líder mundial no mercado de soluções auditivas, em cinco capitais brasileiras (Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo).

O estudo apontou que vários aspectos referentes ao problema são pouco identificados ou reconhecidos, principalmente por falta de conhecimento e informação. Para cuidar bem deste sentido, conheça cinco sinais importantes para reconhecer quando ocorre a diminuição ou perda da audição.

Primeiros sinais

Crianças

1. Não responde a sons fortes e não consegue identificar de onde vem o barulho.

2. A fala não se desenvolve além de balbucios.

3. Não consegue responder às vozes, mesmo com contato físico.

4. Pode apresentar um comportamento agressivo, depressivo ou de frustração.

Adultos

5. Dificuldade para ouvir quando há várias pessoas falando ao mesmo tempo ou para compreender quando existe um ruído de fundo.

A fonoaudióloga Marcela Stefanini, especialista em Audiologia Clínica e Educacional pela Universidade de São Paulo, reforça os grupos de risco que devem ficar em alerta. "Para os adultos, os mais expostos aos ruídos são pessoas que trabalham no trânsito, com máquinas pesadas, ambiente industrial, telemarketing e entretenimento (música). Para as crianças, aquelas que possuem histório familiar, são prematuras ou tiveram complicações durante o parto e, em alguns casos, que tiveram infecções, como rubeóla, meningite, sarampo, otites, caxumba. Uma informação importante para os pais é que durante as primeiras semanas de vida, os pequenos sejam submetidos ao exame da orelhinha, que é gratuito".

Apesar dos avanços da medicina e da tecnologia, ainda há quem acredite que a perda auditiva é uma condição exclusivamente da terceira idade ou de pessoas que nasceram sem audição. No entanto, essa é uma visão equivocada. Com o auxílio da tecnologia e dependendo da complexidade de cada caso, é possível voltar a ouvir normalmente sem impacto na qualidade de vida.

"Para cada paciente existe um tratamento específico. Os casos variam desde perdas leves as mais severas, podendo ser indicado o uso de aparelhos auditivos (amplificam e otimizam os sons), os implantes cocleares (conhecido como "ouvido biônico" que estimula as fibras neurais da cóclea), os implantes de ouvido médio (estimulam diretamente as estruturas do ouvido médio), e os implantes de condução óssea (estimulam diretamente a cóclea), conclui a especialista.

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