Falar sobre deficiência auditiva nunca é fácil. Muitas pessoas têm dificuldade em admitir que podem não estar ouvindo tão bem quanto antes. A maioria dos casos de perda auditiva se desenvolve gradualmente e os sintomas são difíceis de ser identificados.
O processo é diferente em cada indivíduo, mas aproximadamente uma em cada dez pessoas a partir dos 40 anos já sofre algum grau de perda de audição. Isso porque com o envelhecimento natural do corpo, as células ciliadas do ouvido interno começam a morrer. Ao chegar à terceira idade, a perda auditiva, conhecida como presbiacusia, tende a ser mais severa.
“O primeiro passo é aceitar que já existe dificuldades para ouvir em certas situações, o que normalmente leva um tempo; mas reconhecer a deficiência é a melhor coisa a fazer. Estudos comprovam que o tratamento da perda de audição, geralmente com o uso de aparelhos auditivos, resulta em melhoras significativas na qualidade de vida”, afirma a fonoaudióloga Isabela Carvalho.
O indivíduo já pode notar os primeiros indícios de surdez pela dificuldade em ouvir o que as pessoas estão falando. Os sons da fala com mais alta frequência são as consoantes, como o S, T, K, P e F. Além disso, dez outros sintomas podem indicar que você está com indícios de perda auditiva:
- Ouvir as pessoas falando como se elas estivessem sussurrando
- Assistir televisão em volume mais alto do que as outras pessoas da casa, pedindo para aumentar o som
- Não ouvir quando é chamado por uma pessoa que não está à sua frente ou que se encontra em outro cômodo
- Comunicar-se com dificuldade em um pequeno grupo ou em uma reunião
- Pedir com freqüência que as pessoas repitam o que disseram
- Ouvir com dificuldade o toque de campainha ou telefone; ou mesmo ficar embaraçado ao não entender o que outro diz pelo telefone
- Dificuldade em comunicar-se em ambientes ruidosos, como no carro, no ônibus ou em uma festa
- Fazer uso de leitura labial durante uma conversa.
- Família e amigos comentam que você não está ouvindo bem.
- Se concentrar muito para entender o que as pessoas falam ou cochicham.
O diagnóstico deverá se feito por um médico otorrinolaringologista e, depois, cabe a um fonoaudiólogo indicar qual tipo e modelo de aparelho são indicados para atender às necessidades de cada um.
“Dificuldades de audição podem afetar a vida social e prejudicar as relações de trabalho. A perda auditiva acontece de maneira lenta e progressiva e, com o decorrer dos anos, se não houver tratamento, a deficiência atinge um estágio mais avançado. Por isso, o uso diário do aparelho e o apoio da família são essenciais para que o indivíduo resgate sua autoestima”, explica Isabela Papera.
A tecnologia avançada tem sido uma grande aliada dos deficientes auditivos. Atualmente, há uma diversidade de modelos de aparelhos, com design moderno, discretos, alguns até mesmo invisíveis no ouvido – ficam dentro do canal auditivo – adequados para diferentes graus de perda de audição.
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