O sonho da maternidade geralmente ocorria quando a mulher estava na faixa etária dos 20 anos, período considerado fisicamente ideal para a gestação. Atualmente, no entanto, essa escolha vem sendo postergada cada vez mais devido, principalmente, a competitividade da vida profissional e a espera de uma melhor situação econômica.

Embora a gravidez tardia seja considerada um risco para mamães e bebês, os avanços da ciência na área da fertilidade humana vem possibilitando às mulheres mais maduras conquistar o sonho de terem filhos, até mesmo àquelas que já chegaram aos 50 anos. De acordo com o Dr. Renato de Oliveira, ginecologista, mulheres que desejam uma gravidez tardia devem ser avaliadas em relação à comorbidades, como hipertensão, diabetes, cardiopatias ou doenças renais, por exemplo: “mesmo em pacientes sem nenhuma alteração identificável nos exames de rotina, a idade é um fator de risco para possíveis complicações na gravidez, além de a própria dificuldade em engravidar e o maior risco de doenças genéticas. A melhor dica é nunca postergar demais uma gravidez", ressalta o especialista.

Dr. Renato explica que muitas mulheres com idades acima de 40 anos, para alcançar uma gravidez, principalmente quando estão próximas de 50 anos de idade, recorrem à doação de gametas para obterem uma gestação. “O processo se inicia por meio da técnica de fertilização in vitro, na qual os ovários da doadora são estimulados com hormônios injetáveis a fim de que possam produzir uma boa quantidade de gametas, que são os oócitos. Estes são fertilizados com o espermatozoide do parceiro com o intuito de gerar embriões os quais serão transferidos para o útero da paciente”, destaca.

É importante alertar o papel fundamental de um bom acompanhamento médico para a gestação nessa idade. “Um pré-natal adequado é essencial para reduzir os riscos da gestação e possibilitar que a futura mamãe aproveite essa fase da melhor maneira possível”, finaliza o ginecologista.

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