Especial Mulher

Como ter um sorriso bonito em todas as idades

Se existe algo que nos remete ao Dia Internacional das Mulheres, comemorado em 8 de março, é o sorriso de quem conquistou muita coisa ao longo dos anos e ainda continua em busca de seus ideais.

Divulgação/Assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h45
(Foto: Reprodução)

Se existe algo que nos remete ao Dia Internacional das Mulheres, comemorado em 8 de março, é o sorriso de quem conquistou muita coisa ao longo dos anos e ainda continua em busca de seus ideais. Por isso, vários especialistas da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD) reuniram dicas úteis para mulheres de zero a cem anos conquistar uma boca saudável.

Na opinião da odontopediatra Sandra Kalil Bussadori, é importante que a mulher cuide dos dentes em todas as fases da vida, optando por tratamentos preventivos antes mesmo de engravidar. Quando esse cuidado não é possível, os cirurgiões-dentistas evitam o uso de anestesia até a oitava semana de gestação e nas quatro semanas finais, por serem períodos mais críticos. “Com o aumento dos níveis hormonais, a gengiva da gestante costuma sofrer alterações, sendo muito comum a ocorrência de inchaço, sangramento e maior acúmulo de tártaros. As limpezas regulares são altamente recomendáveis durante todo período de gravidez e no período pós-parto.”

Quanto aos recém-nascidos, a especialista afirma que há estudos que indicam que crianças que mamam no peito por pelo menos seis meses apresentam menos problemas relacionados ao alinhamento e apinhamento dos dentes. Isto porque a amamentação exige do bebê uma sofisticada coordenação de músculos e movimentos de mandíbula e língua. “O uso de mamadeira e garrafinhas é totalmente diferente, já que o líquido passa com muita facilidade pelos respectivos orifícios, não exigindo movimentos tão importantes por parte da criança. Ou seja, o bebê tem de trabalhar mais se quiser mamar no peito, tanto que em algumas situações se mostram cansados. Entretanto, tudo isso representa um ganho muito grande ao longo de seu crescimento.”

Para o especialista em dentística Carlos Eduardo Francci, a primeira visita ao cirurgião-dentista deve acontecer assim que começarem a nascer os primeiros dentes. Depois disso, a regularidade ideal para checar a saúde oral é a cada seis meses. “Já na primeira consulta os pais serão instruídos a fazer a higiene oral diária em seus bebês. Afinal, um sorriso bem cuidado desde cedo contribui para a pessoa prevenir problemas mais sérios no futuro. A criança acaba se acostumando com os cuidados regulares e passa a assumir, ela mesma, com o tempo, bons hábitos de higiene bucal. Como resultado, o índice de cáries será abaixo da média (ou até zero), assim como a ocorrência de problemas mais graves resultantes da escovação inapropriada e da formação de placas.”

Na adolescência, além de cultivar hábitos saudáveis de escovação e tratamento odontológico regular, o que mais preocupa os especialistas em Saúde Bucal é o comportamento adolescente de beijar indiscriminadamente. De acordo com Artur Cerri, diretor da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da APCD, é muito importante diferenciar o risco oferecido pelo beijo de língua e os ‘selinhos’ ou ‘beijos sociais’. “O contato casual, de boca fechada, não apresenta risco de transmissão de doenças. Entretanto, como é possível entrar em contato com sangue durante um beijo de boca aberta e prolongado, é importante ter cuidado. O beijo de língua, por si só, pode transmitir inúmeras doenças, que vão de uma gripe, mononucleose, hepatite B e, inclusive, AIDS – em casos extremos. Estudo publicado no jornal americano Microbiome revela que cerca de 80 milhões de bactérias podem ser transferidas em um beijo de dez segundos. Por isso, as meninas não devem se descuidar nessa fase da vida.

Mulheres adultas são as principais vítimas do bruxismo, que é o ranger e apertar dos dentes durante o sono. De acordo com a cirurgiã-dentista Katia Regina Izola, o problema pode ser diagnosticado também em crianças e adolescentes, preocupando bastante – já que às vezes rangem tanto os dentes que chegam a comprometer a dentina. Em determinadas situações, o dano é irreparável e a pessoa desenvolve alta sensibilidade para alimentos e bebidas quentes ou frias. Mas são as mulheres adultas, que geralmente têm jornadas duplas ou até mesmo triplas, que mais sofrem com o problema. Dor no maxilar, dor generalizada na face, dor de cabeça, dor de ouvido, perturbações no sono, tensão e rigidez nos ombros são sintomas comuns de quem sofre de bruxismo.

“Em casos graves, a paciente pode apresentar estalos ao mexer a boca, seja para falar ou para se alimentar. Além de um tratamento ortodôntico convencional, que impedirá o contato dos dentes superiores com os inferiores durante o sono, pode ser necessário fazer uso de anti-inflamatórios e ansiolíticos prescritos por determinado período. Outra alternativa terapêutica é o uso de laser de baixa potência. As aplicações devem ser iniciadas com doses mais altas, em cinco sessões semanais. Com a melhora do caso, a dose pode ser diminuída e as sessões reduzidas a duas ou três vezes por semana. A resposta da paciente deverá ser observada a cada aplicação, checando a necessidade de alteração da dose. Em geral, os resultados aparecem com seis sessões iniciais”, afirma Katia.

Por fim, a mulher da terceira idade. O principal problema depois dos 60 anos é a “síndrome da boca seca”. Afinal, nessa idade a pessoa tem metade da saliva de um jovem. A boca fica seca e desconfortável, dificultando principalmente a deglutição e diminuindo a resistência bucal. Quando não diagnosticada e tratada a tempo, essa condição pode resultar, inclusive, na perda dos dentes. De acordo com Artur Cerri, a síndrome da boca seca pode ser fisiológica ou indicar algumas doenças sistêmicas, acelerando o aparecimento de cáries, infecções bucais e, principalmente, gengivite – além de comprometer não só os dentes do idoso, como também sua saúde em geral, já que, com o tempo, ele passa naturalmente a comer menos e ingerir apenas alimentos macios ou líquidos.

“Trata-se de um ciclo vicioso que precisa ser interrompido. Ao controlar a síndrome da boca seca, que atinge mais mulheres do que homens, conseguimos manter a saúde oral do paciente, evitando inflamações e infecções que comprometem a saúde e a qualidade de vida de modo geral”, diz Cerri. Sendo assim, o especialista diz que na presença de mau hálito, língua avermelhada ou áspera, sensação ruim na garganta, sede frequente, sensação pegajosa na língua ou mesmo ardência, dificuldade ao falar, feridas nos cantos da boca, fissuras nos lábios e rouquidão, o ideal é procurar um cirurgião-dentista para diagnosticar e tratar a doença.

“É importante que as mulheres escovem os dentes e façam enxágues diversas vezes ao dia, além de ingerir bastante líquido diariamente e adotar uma alimentação rica em alimentos com alto teor de água. De modo geral, a pessoa idosa também deve cortar o alimento em pedaços pequenos, acrescentando, por exemplo, uma boa fatia de melancia, abacaxi, ou melão ao prato principal. Essa rotina controla os efeitos da boca seca durante as refeições e evita que a pessoa passe a comer menos e a ficar com a musculatura oral enfraquecida”, recomenda o especialista.

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