Aula animada

Visita divertida: aula de história com brinquedos

Cerca de 10 mil visitantes já passaram pelo museu.

Divulgação/ Minc

Atualizada em 27/03/2022 às 11h47
(Foto: Divulgação)

BELO HORIZONTE - Na avenida Afonso Pena, na capital mineira, uma casa difere dos demais prédios e centros comerciais. Ela abriga, desde 2006, o Museu dos Brinquedos, com cerca de 5 mil peças, que datam desde 1890. Gramofone (espécie de vitrola antiga), cavalo de carrossel e bonecas antigas são alguns dos itens expostos permanentemente na casa. Além de oferecer oficinas e resgate de brincadeiras antigas, o museu tornou-se itinerante e ganhou outras cidades brasileiras.

"O museu surgiu com minha avó. Ela era colecionadora de brinquedos desde criança. Na década de 1970, 1980 e1990, quando ainda era viva, fazia exposições itinerantes, sobretudo em Belo Horizonte, em clubes,galerias de arte e shopping centers", explica a neta Tatiana de Azevedo Camargo, hoje coordenadora de projeto do Museu dos Brinquedos. "Quando faleceu, em 2000, não conseguiu realizar o sonho de ter um local fixo. Em 2002, montamos um instituto em homenagem a ela e, em 2006, montamos o museu como funciona hoje. Um quinto dos brinquedos dela estão lá em exposição", relata.

Desde que abriu as portas, cerca de 10 mil visitantes já passaram pelo museu. Desde, então, o apoio do Ministério da Cultura (MinC) tem sido importante. "Desde a implantação do museu, conseguimos a aprovação de projetos no MinC, e isso facilitou muito. É uma ajuda importante porque o que cobrimos de bilheteria nunca cobre o custo do museu. Os projetos aprovados no MinC são fundamentais para a sobrevivência do museu", diz Tatiana.

A garotada se encanta e se surpreende com as brincadeiras antigas. Já os pais lembram e mostram como brincavam quando eram crianças. Além da troca de experiências entre pais e filhos, a visita se torna uma aula de história porque o brinquedo reflete o momento em que foi fabricado e os costumes vividos na época.

"Da década de 1950 e 1960, há muitos carros e naves espaciais. Foi a época do desenvolvimento dos meios de transporte e a década em que o homem pisou a lua pela primeira vez", comenta Tatiana. "Os brinquedos mais antigos também chamam a atenção das crianças. Era uma miniatura do que existia de verdade, era feito de material real, delicado, difícil de brincar e fácil de quebrar. O brinquedo era quase uma obra de arte ", avalia a coordenadora.

Reciclagem

Além de conhecer as histórias e curiosidades dos brinquedos, os visitantes podem participar de brincadeiras mais tradicionais no pátio, como perna-de-pau, perna de lata, corda, bambolê, amarelinha, telefone de lata, futebol de prego, pião e diabolô, por exemplo.

O local também oferece oficinas, onde é possível construir o próprio brinquedo com material reciclado. "O objetivo é possibilitar à criança o exercício do ciclo desejar-imaginar-realizar, fundamental, segundo Tatiana, para que qualquer indivíduo cresça de forma "segura, criativa e autônoma". Essas atividades promovidas no Museu também foram levadas de forma itinerante a outras cidades do país.

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