Resenha

Bon Jovi encerra noite romântica do "Rock In Rio"

Banda foi a última a se apresentar nessa sexta-feira (20).

Gustavo Sampaio/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h03

RIO DE JANEIRO – Até o 5º dia de “Rock In Rio”, as milhares de pessoas que passaram pela Cidade do Rock já tinham visto de tudo um pouco: o malabarismo de Jared Leto com o 30 Seconds to Mars; a voz apoteótica de Florence Welch; a tempestade de carisma e rock meloso do Nickelback; o namoro com o público do Vintage Trouble e Living Colour; e o baile pop de Justin Timberlake, Beyoncé e Jessie J. Mas a 13ª edição do “Rock In Rio” ainda contaria, entre outras atrações, com o charme espalhafatoso do Bon Jovi.

 Foto: Getty Images.
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E o charme de “Jon” Bon Jovi foi visualmente sentido já nos primeiros minutos, mesmo que mornos, com o não-hit “What The Water Made Me”. O começo não empolgou. E a ausência de dois integrantes importantes em palco foi um peso a mais. Com Ritchie Sambora demitido e Tico Torres internado, Bon Jovi subiu imponente, como se fosse o único ali presente.

Tanto fez parecer que agiu desta forma. Desfalcado, o loiro não fez média e jogou a pauleira de “You Give Love A Bad Name” ao público. “Raise Your Hands”, “Runaway” e “Lost Highway” deram um tom pastelão à noite, que voltou aos coros do público com a clássica “Whole Lot Of Leavin’” e o dramalhão pop contemporâneo dos anos 00, “It’s My Life”.

 Foto: Getty Images.
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Recém-conquistado, o público passou a se animar aos sorrisos e gritos contagiantes de Bon Jovi. Mas a sequência de “quase-hits” não chegou nem perto de ser unânime. “Because We Can” e “What ABout Now”, dos discos mais recentes, soaram distantes. “(You Want To) Make a Memory” deu um tom blasé, que logo foi esquecido por todo mundo. O clima rock de arena de “We Weren’t Born To Follow” conseguiu nada mais que palmas dos “bonjovianos”.

Depois de mais de uma hora de show, a chegada de “Who Says You Can’t Go Home” parecia que só agradaria os fãs recém-convertidos do grupo. Mas foi a subida da paulista Rosana Guedes ao palco que fez com que os dispersos tivessem sua atenção roubada pela primeira vez. Com direito a “backing vocals” da jovem e caras divertidas do vocalista, olhares atentos e sorrisos descontraídos começaram a tomar de conta da cidade roqueira.

 Foto: Getty Images.
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A referência aos Stones com “Start Me Up” (a terceira homenagem ao grupo de Mick Jagger no dia, que teve, ainda, Matchbox Twenty com “Jumpin’ Jack Flash” e Grace Potter com “Miss You”) deu um gás que “Bad Medicine” e “Wanted Dead Or Alive” já prometiam.

“Have A Nice Day” bem que tentou, mas saiu forçada. O hino pop “Livin’ On A Prayer” arrebatou as milhares de pessoas que esperaram, entre atrações nacionais e internacionais, o grupo.

Com um bis sendo pedido, a banda tinha um punhado de oito canções nas mãos para entreter o público com mais canções. Mas apenas uma delas seria a felizarda. “Always”, hino romântico do grupo, foi a escolhida. E foi com uma catarse pop de balançar a multidão que o Bon Jovi encerrou o quinto dia de “Rock In Rio”. Aparentemente, a explosão pop teve seu ápice por aqui.

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