Saúde

Infectologista fala sobre o temido Coronavírus

Entenda porque a Síndrome Respiratória do Oriente Médio pode se tornar pandemia.

Divulgação/Assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 12h07

Recentemente foram noticiadas diversas matérias sobre a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers na sigla em inglês) causada por um tipo de coronavírus. O Infectologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Dr. Jorge Garcia Paez esclarece as dúvidas sobre o assunto, e explica que coronavírus humanos são vírus amplamente disseminados no mundo, que geralmente causam infecções de leves a moderadas no trato respiratório. O nome coronavírus vem da aparência em que o vírus tem semelhante a uma coroa de espinhos quando visualizado em microscópio, sendo a segunda causa do resfriado comum.

Os vírus foram identificados pela primeira vez na década de 60, “Existem cinco tipos de coronavírus: alfa coronavírus 229E, NL63, coronavírus Beta OC43, HKU1 e SARS-COV”. Em 2002 ocorreu um surto da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SGRAG), “Se tratava de um novo coronavírus não humano, que ocasionava uma doença respiratória grave mais conhecida como a gripe aviária (SARS). Na época mais de oito mil casos foram registrados e 800 óbitos confirmados”, esclarece o infectologista.

Recentemente na Arábia Saudita foi isolado um novo coronavírus (nCoV),”O coronavírus nCoV da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers na sigla em inglês), é diferente daquele que causou a SARS no começo da década passada. A maioria dos coronavírus normalmente infectam apenas uma espécie animal ou, no máximo, um pequeno número de espécies estreitamente relacionadas. No caso da SARS-CoV, ela pode infectar pessoas e animais, incluindo macacos, cães, gatos e roedores”, explica Jorge Garcia.

As formas de contágio ocorrem principalmente através de pessoas infectadas, “A contaminação acontece por meio das secreções expelidas durante a tosse ou espirros e contatos como tocar ou apertar as mãos. Esse vírus também pode se espalhar pelo contato com objetos ou superfícies contaminadas, quando em seguida a pessoa toca a boca, nariz ou olhos”, esclarece o infectologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão.

Estes vírus podem causar doenças graves caracterizadas pela síndrome respiratória aguda, “Seu quadro de sintomas semelhante é a gripe, com o diferencial que pode evoluir em pouco espaço de tempo para uma síndrome respiratória grave, com comprometimento pulmonar”, orienta o especialista.

Ainda não existem vacinas disponíveis contra a infecção de coronavírus humanos, mas o especialista indica. “Para diminuir os riscos de contágio, orientamos as pessoas a lavar as mãos frequentemente com água e sabão, principalmente após o contato com ambientes públicos, não tocar os olhos, nariz ou boca, e evitar o contato próximo com pessoas doentes”. É importante que uma vez diagnosticada a doença, o paciente deve evitar contato próximo com outras pessoas, cobrir a boca e o nariz quando tossir ou espirrar, e manter objetos e superfícies limpas e desinfetadas.

“Ainda não há tratamentos específicos para as doenças causadas por coronavírus humanos, no entanto para aliviar os sintomas, administra-se o uso de analgésicos, antitérmicos e orientamos uma hidratação adequada. Se os sintomas persistirem é preciso buscar o atendimento médico para uma nova avaliação”, orienta o médico. Atualmente há 31 casos confirmados e 18 óbitos registrados na Jordânia, Arábia Saudita, Qatar e Reino Unido.

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