O médico João Batista Everton Júnior, clínico geral, explica que não há tratamento específico para as viroses, mas existem medidas para a preservação das funções vitais do paciente, evitando que o quadro clínico evolua para situações mais graves. De acordo com o médico, os sintomas de gripe e resfriados são parecidos. “Só um profissional de saúde poderá fazer essa distinção e prescrever o tratamento adequado. Porém, uma das diferenças mais comuns é o tempo de permanência da doença. O resfriado, geralmente, não dura mais que três dias e o desconforto é menor. Já a gripe dura em torno de sete dias, com sintomas mais severos”, explicou. Um dos sinais de alerta para a gripe é a febre persistente e prolongada, acima de 39 graus Celsius.
O clínico ressalta que idosos acima de 60 anos e crianças menores de dois anos requerem atenção especial. “Nestas faixas etárias, uma gripe não monitorada pode resultar em complicações graves como pneumonia, inflamações nos brônquios e ouvidos”. Segundo ele, nesta época de chuvas, eleva-se o risco das pessoas contraírem gripes e resfriados, em função das mudanças bruscas de temperatura. Outro fator que ainda propicia a contaminação por vírus, neste período, é a aglomeração natural de pessoas em ambientes fechados.
Os cuidados que podem ser adotados para reduzir as chances de contaminação, ou mesmo transmissão para outras pessoas, são: lavar as mãos com água e sabão (principalmente depois de usar o banheiro); evitar tocar olhos, nariz ou boca após contato com superfícies onde há aglomeração; usar lenço ao tossir e espirrar. O paciente deve evitar sair de casa enquanto estiver em período de transmissão da doença (até cinco dias após o início dos sintomas), e ambientes fechados, onde circulam muitas pessoas. É importante que o ambiente doméstico seja arejado e receba a luz solar, pois estas medidas ajudam a eliminar os possíveis agentes das infecções respiratórias.
Outro cuidado doméstico que deve ser mantido, diz o médico do Hapvida, é a limpeza do ar-condicionador, especialmente para evitar desconforto, no caso das pessoas que já foram infectadas por vírus. “A sujeira do equipamento, geralmente, comporta fungos e bactérias que, em contato com o organismo, pode ampliar os episódios de espirro e tosse, gerando maior desconforto. Facilita, também, o agravamento do quadro dos pacientes que sofrem de alergias respiratórias já diagnosticadas”, explicou. Além de seguir a prescrição médica, em casa, o paciente deve ingerir bastante líquido (de preferência água e sucos naturais), de dois a três litros por dia. Alimentação de fácil digestão, como frutas e verduras, também é importante para a fase de recuperação.
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