Teatro

Espetáculo ironiza problemática do meio ambiente

Peça de teatro aborda os impactos da mineração ao longo do Corredor de Carajás.

Imirante com informações da Assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h56

AÇAILÂNDIA – O espetáculo Buraco: um panfleto profundo é uma criação da Rede Justiça nos Trilhos e do grupo Cordão de Teatro, um grupo de jovens atores do município de Açailândia, que denuncia os impactos e as contradições do modelo econômico extrativista inserido pelo Programa Grande Carajás nos estados do Pará e Maranhão.

A produção teatral de 45 minutos faz o público viajar até a Floresta de Carajás, para mostrar o cotidiano de trabalhadores da empresa multinacional Vale S.A. Evidencia o contraste entre a vida deles e os ritmos agressivos da mineradora. O objativo é provocar uma reflexão sobre a exploração do minério e os impactos disso sobre o meio ambiente e a vida das comunidades ao longo do Corredor de Carajás.

Os personagens da peça discutem sobre questões ambientais, sociais e políticas, seguindo um roteiro fundamentado com dados e fatos e enriquecido com cargas de humor. Trata-se de uma sátira que vai desde o descobrimento da Serra dos Carajás até o fim de toda exploração das riquezas naturais.

Buraco: um panfleto profundo é um espetáculo com texto de Xico Cruz, canções do Grupo Mambembrincantes e poemas de Carlos Drummond de Andrade. Tem classificação livre e se põe como instrumento criativo de educação popular sobre o direito socioambiental.

A estreia do espetáculo marcou o encerramento do Seminário Regional Carajás 30 anos, realizado em Imperatriz. A segunda, ocorrida em Parauapebas, foi realizada em encontro organizado pelo Movimento dos Atingidos pela Mineração (MAM), que reuniu representantes de diversos países da América Latina, também atingidos pela exploração de minério.

Em 2014 estão previstas mais apresentações em seminários, encontros, congressos, em âmbito regional, nacional e internacional. Além disso, várias comunidades que são cortadas pela Estrada de Ferro Carajás estão recebendo o espetáculo e tendo a oportunidade de realizar uma discussão reflexiva sobre os impactos que vivenciam.

A peça pode ser apreciada por todos os tipos de públicos: crianças, jovens e adultos.

Com informações da assessoria.

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