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Teste de vacina contra dengue aponta redução de 56% dos casos

O estudo mostrou redução de 56% nos casos de dengue em 12 áreas endêmicas.

Andreia Verdélio/Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h55

BRASÍLIA - A empresa farmacêutica Sanofi Pasteur anunciou nesta segunda-feira (28) o resultado de um teste da vacina contra a dengue feito na Ásia. O estudo mostrou redução de 56% nos casos de dengue em 12 áreas endêmicas na Indonésia, Malásia, Filipinas, Tailândia e Vietnã.

É o primeiro de dois testes da fase três, que visa a fornecer dados sobre a eficácia da vacina em seres humanos, em diferentes ambientes epidemiológicos. O segundo teste está sendo aplicado na América Latina - Brasil, Colômbia, Honduras, México e Porto Rico - e os resultados devem ser apresentados nos próximos dois meses.

A fase três é a última do período de testes antes de a vacina ser submetida aos órgãos reguladores de cada país, explica Lucia Bricks, diretora de saúde pública da Sanofi Pasteur. “É um resultado inédito. Estudos de vacinas para dengue têm mais de 70 anos; a Sanofi Pasteur iniciou há 20 anos e é a única a completar a fase 3. Os outros competidores [laboratórios] estão nas fases 1 e 2, fases pré-clínicas”, disse.

Os testes na Ásia envolveram 10.275 mil crianças, de 2 a 14 anos. Na América Latina são mais de 20 mil pessoas de 2 a 16 anos. Entre 2011 e 2013, elas foram sorteadas para receber três doses da vacina ou um placebo, com intervalo de seis meses entre cada dose.

A médica da Sanofi Pasteur explica que os resultados começaram a ser analisados um mês após a aplicação da terceira dose, com a identificação do vírus. “O grupo vacinado teve menos da metade de casos e a incidência de dengue nas pessoas que não foram vacinadas foi muito mais alta do que a agente imaginava, 4,7%, uma incidência altíssima”.

A vacina será licenciada possivelmente com três doses, para proteger contra os quatro tipos de dengue, segundo a médica, e deve estar pronta até o final deste ano. “A partir disso, depende das autoridades regulatórias de cada país que vão dar seus pareceres sobre o protocolo, mas no final de 2015 já se deve ter uma resposta”, explica Lucia Bricks sobre a colocação da vacina no mercado.

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