Keiko, a baleia orca que se tornou famosa no mundo inteiro como protagonista de "Free Willy", ganhou um novo lar e, segundo esperam seus tratadores, uma última chance de ser livre.
O animal de seis toneladas foi levado dos fiordes de Skaalvik, onde apareceu no começo de setembro, para a bem mais tranqüila baía de Taknes.
O novo habitat deverá manter Keiko à distância da multidão de fãs que acorria diariamente aos fiordes para ver a "estrela" do cinema, perturbando seus hábitos, como o sono e a alimentação.
Keiko foi libertada do cativeiro em julho, na Islândia, após passar 23 anos vivendo em um aquário. Um mês e meio depois, apareceu em Skaalvik, na Noruega; pesquisadores opinaram que a mansidão do animal e sua longa convivência com seres humanos acabaram por levá-lo continuamente à costa.
Um especialista chegou a opinar que matar Keiko seria a opção menos dolorosa para o animal.
O treinador de Keiko, o canadense Colin Baird, e autoridades de pesca da Noruega passaram semanas à procura do melhor ambiente para a baleia. E acabaram achando a baía, a apenas 10 quilômetros dos fiordes.
As vantagens da baía, segundo Baird, são a inexistência de gelo, a abundância de peixes e sua localização, na rota de migração de orcas e afastada do acesso público.
Para evitar estardalhaço em torno da transferência de Keiko, seus tratadores guardaram sigilo absoluto sobre o destino do animal, que fez uma viagem de 35 minutos, nadando ao lado de um barco repleto de caixas com arenque congelado.
Keiko, que quer dizer "sortudo" em japonês, foi capturada perto da Islândia em 1979, quando tinha dois anos, e passou a maior parte de sua vida em cativeiro no Canadá e no México.
Sua participação em "Free Willy", em 1993 e nas seqüências do filme ajudou a desencadear uma campanha mundial por sua libertação.
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