Rock

''Faremos um show com o que temos de melhor em São Luís berço do reggae", diz Tony Bellotto

Em entrevista ao site da Mirante FM, Tony Bellotto, músico dos Titãs, destaca o show da banda no dia 1º de novembro, em São Luís

Pedro Sobrinho / Jornalista

Atualizada em 27/03/2022 às 10h56
Titãs fazem show dia 1º de novembro, em São Luís
Titãs fazem show dia 1º de novembro, em São Luís (Titãs)

Os Titãs seguem pelo Brasil fazendo shows. No dia 1º de novembro, quinta-feira (véspera de feriado), a banda de rock tem presença confirmada na Casa das Dunas, na avenida Litorânea (Calhau), em São Luís. Na programação tem ainda a banda Alcmena e o DJ Arsênio Filho.

Com um “repertório de qualidade inesgotável”, como apontam os críticos, a apresentação reúne sucessos e criações seminais em 35 anos de carreira, incluindo agora alguns singles da ópera rock Doze Flores Amarelas, como “A Festa”, “Me Estuprem”, “Canção da Vingança”, “Doze Flores Amarelas” e “É Você”.

O repertório ainda conta com grandes sucessos do grupo paulistano, como "Epitáfio", "Flores", "Sonífera Ilha", entre outros.

Em entrevista ao site da Mirante FM, Tony Belloto, um dos integrantes dos Titãs, fala do prazer em voltar a São Luís, considerada por ele: "o berço do reggae brasileiro".

PEDRO SOBRINHO: Em 36 anos de carreira, 14 discos lançados e mais de sete milhões de álbuns vendidos. Como é conseguir manter uma banda junta por tanto tempo, mantendo a qualidade e sem perder a relevância na indústria fonográfica?

TONY BELLOTTO: Você tem que gostar do que faz. E a banda tem que estar funcionando, no sentido de não estar apenas cumprindo um papel burocrático, mas expressando uma vontade real de fazer coisas novas e se superar.

PEDRO SOBRINHO: Os Titãs se consideram uma banda datada?

TONY BELLOTTO: Não, claro. Ou não estaríamos lançando um de nossos trabalhos mais relevantes em pleno 2018! A nossa data é sempre o dia de hoje.

PEDRO SOBRINHO: Os Titãs é uma banda que sofreu muitas mudanças de formação até chegar aos três. O que mudou nessa transformação?

TONY BELLOTO: Mudou tudo, e no entanto nossa essência permanece a mesma, como num paradoxo zen: mudar para continuar igual, sempre.

PEDRO SOBRINHO: "Doze Flores Amarelas" é um disco desafiador para os Titãs, pois além de ser uma ópera rock, o grupo fez dele um espetáculo envolve teatro, cinema e vários desdobramentos temáticos. Como explicar a presença do universo feminino dentro do contexto do disco?

TONY BELLOTTO: A transformação das mulheres, e sua tomada de consciência sobre as questões que as oprimem há séculos, é a coisa mais importante que acontece no momento, na minha opinião.

PEDRO SOBRINHO: Enfim, são várias histórias contadas no disco, mas uma abordagem impactante é sobre abuso sexual. Um problema que afeta principalmente às mulheres. A ideia é tratar o problema como sendo não apenas das mulheres, mas também dos homens, na condição de opressor?

TONY BELLOTTO: Eu acho que a questão da opressão da mulher é um problema da sociedade, que inclui todos os homens e mulheres. E não só os homens opressores e machistas, mas também aqueles, entre os quais nós nos inserimos, que respeitam as mulheres e lutam com elas por uma sociedade mais justa e que contemple direitos plenos para todos, independente do gênero sexual.

PEDRO SOBRINHO: Existem vertentes do movimento feminista que não aceitam que homens falem sobre esse tipo de assunto. Como vocês lidam com essa área que ainda é muito nebulosa no Brasil e no mundo inteiro?

TONY BELLOTTO: Acho que como autores e criadores temos o direito de falar sobre o que bem entendermos, como fazem escritores e compositores há séculos, como Homero, Ésquilo, Shakespeare, Luiz Gonzaga, Clarice Lispector, Tchekov, Virginia Woolf, Rita Lee e Jorge Amado, só para citar alguns.

PEDRO SOBRINHO: Há alguns gêneros musicais que ganharam mais espaço nos últimos anos no Brasil, tomando as paradas, como é o caso do funk e do sertanejo universitário. Como vocês enxergam essa tomada e o que acham desses gêneros.

TONY BELLOTTO: Acho todos os gêneros válidos, é tudo música afinal de contas. Existe música boa e música ruim, independente do gênero. E acho justo que música ruim também tenha espaço. Por que não? Nós, os Titãs, sempre fomos e continuamos sendo muito democráticos.

PEDRO SOBRINHO: Neste retorno a São Luís, o que os Titãs prometem para os fãs da banda?

TONY BELLOTTO: Um show com tudo que temos de melhor, hits, sucessos, porradas e alguma coisa da ópera. Um show para ninguém botar defeito, pois amamos São Luís e estamos com muitas saudades da cidade e de nossos animados fãs maranhenses. Nunca esquecemos que São Luís é o berço do reggae brasileiro!

Serviço
Data: 1º/11/2018 | Quinta
Local: Casa das Dunas - São Luís – MA
Abertura: Banda Alcmena e DJ Arsênio Filho
Horário: 22h
Classificação: 14 anos

Ingressos: www.bilheteriadigital.com
PISTA (Inteira) Unissex R$ 60,00
PISTA PROFESSOR/IDOSO (Meia) Unissex R$ 30,00
FRONT (Inteira) Unissex R$ 80,00
FRONT PROFESSOR/IDOSO (Meia) Unissex R$ 40,00
PONTO DE VENDA SEM TAXA: CASA DAS DUNAS

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