Cadência do Rap

"Amar é para os Fortes": o sétimo disco de Marcelo D2

Além do disco, o projeto é mais do que simplesmente a trilha sonora do filme homônimo roteirizado e dirigido pelo rapper carioca.

G1

Atualizada em 27/03/2022 às 10h56
Marcelo D2 lança "Amar é Para os Fortes".
Marcelo D2 lança "Amar é Para os Fortes". (Divulgação)

O sétimo álbum solo de estúdio de Marcelo D2, chama-se "Amar é para os fortes", lançado simultaneamente, do filme de média-metragem também.

Projeto produzido por D2 ao longo dos últimos três anos em pioneira ação nacional, Amar é para os fortes é mais do que simplesmente a trilha sonora do filme homônimo roteirizado e dirigido por esse rapper carioca projetado na década de 1990 como vocalista e principal compositor do grupo Planet Hemp.

No disco, as músicas abarcam falas do filme – protagonizado pelo filho de D2, Stephan Peixoto, na pele do garoto Sinistro – e sons sampleados que podem soar como corpos estranhos para quem optou por ouvir o álbum antes de conferir o filme. Só que tudo se encaixa, do começo ao fim, se o disco for sincronizado com o filme numa narrativa única. Tanto que a Intro (Marcelo D2) do disco é, a rigor, a introdução falada do filme. Intro levada na cadência do rap dos jovens Sant e Orochi.

Do samba do asfalto carioca, D2 segue o roteiro e pega a estrada que o conduz à nação nordestina no toque da sanfona de Marcelo Jeneci em Resistência cultural (Marcelo D2 e Nave Beatz) sem se afastar da trilha do rap. A voz de Gilberto Gil, convidado do tema, acentua o tom nordestino desse rap que D2 já havia lançado em março de 2017 em (outra) gravação feita com o toque da rabeca de Siba Veloso e, no refrão, com a voz de Helio Bentes, cantor do grupo carioca de reggae Ponto de Equilíbrio.

Na sequência da trilha, a música-título Amar é para os fortes (Marcelo D2 e Nave Beatz) faz o retorno para soar como rap à moda mais tradicional que fala em ódio, sentimento recorrente e enfrentando ao longo da narrativa do disco e do filme.

No fim, disco e filme são encerrados com a melhor música da trilha, o afro-samba-rap Filho de Obá, composto por D2 com Rogê e com o mano paulistano Rincon Sapiência, convidado do canto desse tema também levado no gogó por Danilo Caymmi e por Alice Caymmi (encarnando espécie de rainha dos raios).

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