Herói. É a palavra que eternamente acompanhará o nome de Márcio Rony da Cruz, o maranhense que virou notícia nacional ao retirar das chamas a menina Ana Clara, que teve 90% do corpo queimado e não resistiu aos ferimentos durante ataques a ônibus em São Luís em 2014.
Ele esteve nesta quinta-feira (19) no estúdio da Rádio Mirante AM para mais uma vez denunciar a falta de assistência por parte do Governo do Estado do Maranhão. Rony teve 72% do corpo queimado e hoje necessita de tratamento diferenciado para seguir com a rotina.
O ex-entregador conta em entrevista ao jornalistas Roberto Fernandes e seus ouvintes no programa Ponto Final, que precisa de um coquetel de medicações especiais para seu tratamento. Márcio leva uma vida totalmente diferente e precisa de recursos financeiros para viver. Devido as queimaduras seu corpo pede um guarda-roupa apropriado cujo as peças vairam em torno de R$ 2 mil.
"A minha saúde está 75% (...) Eu uso as roupas especiais - inclusive essas roupas já estão prontas - elas estão no valor de R$ 2.940,00 e eu não tive assistência do governo desde o dia 21 de janeiro [de 2016] a respeito dessa situação", desabafou.
Junto do valente maranhense esteve também no estúdio a psicóloga Sandra Lima, que está acomaphando o tratamento e, mesmo sem receber, apoia sua recuperação.
"É lamentável, triste a situação que ele vive hoje. Foram promessas, mas esse herói ficou invisível, infelizmente. E hoje ele não está tendo esse apoio devido do Governo do Estado. Nem ele e nem a família. Tem cinco filhos e eu presencio a situação que ele vive hoje", falou a especialista que se tornou uma amiga.
Durante a entrevista Márcio explica como é viver sem poder agir normalmente como antes, mas não se arrepende do que fez. Muitas pessoas particiuparam por telefone e redes sociais e se comprometeram a ajudá-lo. Fica agora aberto a manifestação do Governo do Maranhão sobre a situação do herói maranhense.
Relembre o caso:
Márcio Ronny da Cruz, 37 anos, voltava do trabalho para casa quando o ônibus em que estava, na Vila Sarney Filho, foi incendiado, no dia 03 de janeiro de 2014, em São Luís. Ele teve 72% do corpo queimado.
Pai de cinco filhos, ele demorou para sair do ônibus porque ajudou a retirar uma das duas crianças que estavam no veículo. Os ataques teriam sidos comandados de dentro do Complexo de Penitenciárias de Pedrinhas.
Ouça a entrevista:
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