Prevenção de acidentes

Maranhão reduz óbitos de pedestres e ciclistas no trânsito em dez anos

Dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde em alusão ao Dia Mundial sem Carro, lembrado no sábado (22).

Imirante.com, com informações da Agência Saúde

Atualizada em 27/03/2022 às 11h16
A partir de 2007, Maranhão reduziu número de mortes de pedestres.
A partir de 2007, Maranhão reduziu número de mortes de pedestres. (Foto: Paulo Soares / O ESTADO)

SÃO LUÍS - O número de pedestres que morreram no trânsito no estado do Maranhão reduziu 17% em 10 anos, de acordo com os dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. Entre os anos de 2007 e 2016, o número de pedestres vítimas de acidentes nas vias do estado caiu de 227 para 189. Já a redução de óbitos de ciclistas vítimas do trânsito foi de 12%. No Brasil, o percentual mostra redução de 36,2% de óbitos de pedestres e 23,4% de mortes de ciclistas em vias de trânsito. Os dados são divulgados em alusão ao Dia Mundial sem Carro, que é lembrado neste sábado (22), e que está dentro da Semana Nacional do Trânsito.

A redução dos óbitos está associada a vários fatores, em especial a implementação de ações integradas e intersetorial, com destaque para a fiscalização dos órgãos de controle, o fortalecimento da legislação, a engenharia de trânsito e a mudança nos hábitos dos brasileiros. Além das ações citadas, algumas medidas adotadas pelo pedestre ajudam a reduzir a frequência de acidentes, entre elas, atravessar na faixa de pedestre com segurança ou na travessia elevada, respeitar a sinalização do semáforo e evitar caminhar com fones de ouvidos ou falando ao celular.

A diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde, Maria de Fátima Marinho, avalia que a diminuição das mortes no trânsito mostra que o brasileiro tem mudado, aos poucos, as atitudes, prezando cada vez mais pela segurança.

“Houve um aprimoramento da Legislação, aumento na fiscalização e alguns programas estratégicos, como o Vida no Trânsito. No entanto, o número de óbitos e internações ainda preocupa, especialmente os de motociclistas. Precisamos avançar na mobilidade segura para reduzir esses números”, enfatizou Maria de Fátima Marinho.

Acidentes com ciclistas

Entre 2007 a 2016, o estado do Maranhão, registrou uma redução significativa nas mortes de ciclistas no trânsito, passando de 59 para 52 de óbitos, significando uma redução de 12%. O Brasil, também se registrou uma queda de óbitos em ciclistas, em 23,4%, saindo de 1.649 para 1.262 mortes, no mesmo período.

Vida no Trânsito

O Vida no Trânsito é um programa de gestão intersetorial, desenvolvido nas capitais e, atualmente, em expansão pelo Brasil. Tem como pressuposto o planejamento integrado e intervenções conjuntas, por diversos setores que trabalham com o tema, dentre eles a saúde, o trânsito, a segurança, a mobilidade e a educação, visando a redução de lesões e óbitos em decorrência do trânsito. É um programa baseado na evidência e orientado pela informação qualificada localmente, a partir da análise integrada e sistemática de dados.

O Programa envolve a melhoria da qualificação da informação, planejamento, intervenções integradas, monitoramento, acompanhamento e avaliação das ações, com foco em dois fatores de risco prioritários, associação álcool e direção e velocidade excessiva e/ou inadequada, além de outros fatores locais, priorizados localmente.

Desde o início da implantação, em 2010, o Ministério da Saúde em parceria com estados e municípios, vem desenvolvendo ações para fortalecer políticas de vigilância, prevenção de lesões e mortes no trânsito e promoção da saúde. Hoje está sendo executado em cerca de 40 municípios, com maior ampliação no estado do Paraná. Até o momento já foram investidos mais de R$ 90 milhões.

O Programa iniciou em cinco capitais do país: Belo Horizonte, Campo Grande, Curitiba, Palmas e Teresina e já apresentou resultados expressivos. A análise dos óbitos nas capitais, cinco antes e depois da implantação do PVT, em 2010, associada ao estudo comparado dessas capitais com o Brasil, demonstra, fortemente, o importante papel do PVT na redução das mortes e lesões no trânsito. Enquanto, a redução de óbitos por acidentes de trânsito no Brasil, no período 2010 a 2016 foi de 12,8%, nas capitais, com exceção de Palmas e João Pessoa, a redução variou entre 16,5% (Fortaleza) a 57% (Aracaju).

Cinco capitais se destacaram, em termos percentuais, com as maiores reduções: Aracaju (SE), com 57,1%; Natal (RN), com 45,9%; Porto Velho (RO), com 43,5%; Salvador (BA), com 42,4% e Vitória (ES) com 42,1%. Os dados são do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). O estado de São Paulo aparece em 8ª posição, com redução dos óbitos por acidentes de trânsito em -31,4%. Esses resultados não deixam dúvida que estamos no caminho certo e que o PVT precisa ser fortalecido e expandido para todo o Brasil.

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