SÃO LUÍS - O tenente-coronel Walber Pestana, que confessou ter assassinado o músico e empresário Davi Bugarin, responderá por homicídio doloso, quando há a intenção de matar. A informação foi confirmada pelo delegado Lúcio Reis, responsável pelo caso. No dia 15 de fevereiro, Walber teria matado Davi para proteger a sua filha, Ingrid Raiane Silva, que era namorada do músico e estaria sendo agredida.
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“Desde o início, o caso é e será tratado como homicídio doloso, até o final do inquérito policial. Em relação ao culposo, que seria totalmente inversa do que aconteceu, no homicídio doloso a pena é bem maior”, informou o delegado, em entrevista à TV Mirante.
Walber Pestana não foi preso e vai responder ao processo em liberdade porque se apresentou na Delegacia de Homicídios de forma voluntária e colaborou com as investigações, mas isso não impede que o tenente-coronel volte a prestar depoimento sobre o caso.
A família de Davi Bugarin, por sua vez, contesta a versão apresentada por Walber Pestana, questiona o motivo do tenente-coronel não ter feito exame de corpo de delito e pergunta o motivo de não ter sido encontrada a faca que, supostamente, o músico teria utilizado para ameaçar o sogro.
Laudo
O laudo cadavérico de Davi Bugarin foi divulgado na última sexta-feira (2), e o delegado Lúcio Reis confirmou que havia apenas uma perfuração no corpo do músico. De acordo com o laudo, a bala foi disparada a uma distância de, no mínimo, um metro, atingindo a costela e atravessando o tórax de Davi. O segundo tiro disparado por Walber Pestana atingiu a parede da casa.
Para Lúcio Reis, os laudos periciais colaboram com os depoimentos do tenente-coronel Walber e de Ingrid Raiane Silva, que teria sido agredida pelo músico. Exames de corpo de delito apontaram marcas no corpo e um corte na cabeça de Ingrid.
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