Prisão

Suspeito de integrar organização criminosa, coronel da PM é preso em São Luís

Reinaldo Elias Francalanci recebeu voz de prisão quando foi prestar depoimento no comando geral da PM.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h19
(Divulgação)

SÃO LUÍS - O coronel Reinaldo Elias Francalanci foi preso na tarde deste sábado (3), no comando geral da Polícia Militar do Maranhão, localizado no bairro do Calhau, em São Luís. Suspeito de envolvimento com uma organização criminosa desarticulada na semana passada, no bairro do Quebra Pote, Francalani foi prestar depoimento sobre o caso, mas foi detido por ordem de um mandado de prisão. Além do coronel, oito policiais também tiveram a prisão decretada: o major Luciano Rangel, o tenente Aroud Martins, o sargento Joaquim Carvalho, o sargento Jonilson Amorim e os soldados Paulo Ricardo Nascimento, Patrick, Martins e Gleidson Alves.

Antes da prisão do coronel Francalanci, a Justiça do Maranhão decretou a prisão preventiva do delegado Thiago Bardal e do advogado Ricardo Jefferson Muniz Belo, também por suspeita de integrar organização criminosa de contrabando. As prisões foram decretadas pelo juiz Ronaldo Maciel, da 1ª Vara Criminal, especializada em combate ao crime organizado, atendendo a um pedido da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

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Em 2017, o coronel Francalanci foi investigado por suspeita de envolvimento com uma quadrilha especializada em roubo de veículos de luxo, depois que o colete do coronel, exclusivo da Polícia Militar, foi encontrado com um dos suspeitos. Em depoimento, Francalanci disse ter feito a troca de um veículo com Fábio Aurélio do Lago e Silva, o “Buchecha”, acusado de participação na quadrilha e no assassinato do jornalista Décio Sá. O coronel alegou ter esquecido o colete no carro trocado e afirmou que não sabia da participação de Buchecha na organização criminosa.

Entenda o caso

No dia 21 de fevereiro, a Polícia Militar fez uma operação de combate à corrupção, na localidade Arraial, no bairro Quebra Pote, quando foram presos integrantes de uma quadrilha especializada em contrabando, em São Luís, entre eles alguns policiais militares. Segundo as investigações, o grupo estaria transportando e fazendo segurança de mercadoria contrabandeada, como drogas, armas e munições oriundas do Suriname.

No trajeto ao sítio onde o grupo operava, as guarnições do Batalhão de Choque encontraram uma S10 de cor prata sem placas, com quatro homens dentro, com três pistolas pertencentes à Polícia Militar do Maranhão.

Ao fazerem a revista no veículo, os PMs encontraram: 50 munições ogival .40, 98 munições ponta oca .40, 67 munições ogival .40, 40 munições cal 380, 22 munições cal 44, seis carregadores pistola 840, quatro carregadores de PT100, dois carregadores de pistola Glock, dois Carregadores Ruger .40, um Carregador 24/7, três Carregadores pistola 638 cal 380, seis pistolas (três da PM), um revólver calibre 44, dois rifles 44, duas granadas, placas de veículo OXZ3434, coletes balísticos, diversos celulares, a quantia de R$ R$ 1.156, entre outros objetos.

Segundo o secretário estadual de Segurança Pública, Jefferson Portela, durante a ação, os PMs abordaram o delegado Thiago Bardal que estava transitando na área em um veículo. Segundo o secretário, Bardal não soube dar explicações plausíveis sobre o motivo pelo qual estava na área.

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