Após fuga de presos

UPSL 6 passará por mudanças internas, garante secretário da Seap

Murilo Andrade disse, em entrevista coletiva, que casas no entorno do UPSL 6 é um problema que precisa ser resolvido.

Liliane Cutrim/Imirante.com*

Atualizada em 27/03/2022 às 11h24
(Foto: Douglas Pinto/TV Mirante)

SÃO LUÍS - Na tarde desta segunda-feira (22), o secretário da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), Murilo Andrade de Oliveira, concedeu entrevista coletiva falando sobre a fuga de detentos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas e sobre quais medidas serão tomadas em relação à segurança na Unidade Prisional de Ressocialização de São Luís 6 (UPSL 6), antigo Centro de Detenção Provisória (CDP).

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“Nas próximas semanas teremos uma resolução definitiva para o caso do CDP. Nós já estamos fazendo uma mudança estratégica dentro da Secretária para resolver essa situação de insegurança. Porque o CDP fica localizando em um lugar muito complicado, próximo a várias casas. A Secretária vai tomar algumas providências para mudar essa situação, serão mudanças internas que não vou falar agora porque é sigiloso. O que posso adiantar é que serão feitas mudanças, que eu acredito seja em definitivo, para que a gente não passe mais por esse problema”, explicou Murilo Andrade.

O secretário disse que há residências que ficam a dois metros do muro e outras estão encostadas ao muro da UPSL 6, o que não pode acontecer.

“Há vários meses estamos fazendo operações procedimentais em relação ao CDP, inclusive em relação às casas no entorno. Já tem ação na Justiça de desapropriação, porque é um problema ter aquelas casas ali”, explicou.

O secretário falou, também, sobre a fuga dos presos nesse domingo (21) e sobre as ações de segurança que serão instalados na Unidade Prisional de Ressocialização de São Luís 6.

Ouça a coletiva dada pelo secretário Murilo Andrade, a qual foi transmitida pela rádio Mirante AM:

Veja a nota divulgada pela Seap após a entrevista coletiva de Murilo Andrade, atualizando as informações sobre a fuga dos detentos:

O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), afirma que, paralelo ao inquérito policial, lavrado pela Polícia Civil, uma sindicância interna do sistema prisional já foi aberta para apurar as responsabilidades que envolveram a fuga de presos, registrada na noite deste domingo (21), na Unidade Prisional de Ressocialização de São Luís 6 (UPSL 6), antigo CDP de Pedrinhas.

Depois que parte do muro da unidade prisional foi explodida pelo lado de fora, por homens não identificados, 32 detentos saíram de duas celas do Pavilhão Gama, que já estavam serradas, e conseguiram passar pelo buraco causado pela explosão. Agentes penitenciários do Grupo Especial de Operações Penitenciárias (Geop), que trabalham em regime de plantão na unidade, reagiram progressivamente aos tiros disparados pelos suspeitos.

Durante o confronto, 03 internos morreram, outros 09 foram recapturados, e 20 permanecem foragidos. A suspeita de facilitação será investigada com rigor. “As circunstâncias não combinam com nossos procedimentos padrões de rotina, dentre os quais a inspeção de grades, justamente para verificar se estão ou não violadas. O caso será apurado, e os responsáveis punidos no rigor da lei”, garante o secretário da Seap, Murilo Andrade de Oliveira.

O CDP é a única unidade prisional masculina que ainda não dispõe das tecnologias da Portaria Unificada, tais como o escaneamento corporal por BodyScan, por estar separada das demais que compõe o Complexo Penitenciário de São Luís. O caso é investigado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), por meio do Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO) da Superintendência de Estado de Investigações Criminais (Seic).

*Com informações da rádio Mirante AM.

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