PEC 241

Uema anuncia repúdio à PEC 241; entenda o caso

A ideia é fixar os gastos públicos, instituições afirmam ser um retrocesso.

Arlan Azevedo/Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h28
Instituições afirmam ser um retrocesso em conquistas já obtidas.
Instituições afirmam ser um retrocesso em conquistas já obtidas. (Foto: Reprodução/Internet)

SÃO LUÍS - A Universidade Estadual do Maranhão (Uema) divulgou uma nota na qual repudia a PEC 241. A proposta de emenda constitucional pretende criar um teto para gastos públicos. A ideia é fixar os gastos públicos em um valor, e manter esse teto durante 20 anos, podendo ser revisada após os primeiros dez. O governo federal afirma que é uma medida necessária para conter a crise no país.

Leia mais:

Entenda como a PEC 241 pode afetar a sua vida;

Servidores federais protestam contra a PEC 241 no Bacanga;

Em esforço para aprovar PEC do Teto, Maia e Temer se reúnem com deputados.

Essa questão já causou diversos protestos por todo o país, e a Uema aderiu ao protesto.

Veja a nota, publicada no site da Universidade, na íntegra.

"A Administração Superior da Universidade Estadual do Maranhão vem a público manifestar sua posição contrária ao Projeto de Emenda Constitucional (PEC) nº. 241, sobretudo no que se refere à desvinculação de receitas e à fixação de teto de gastos para a saúde, a educação, a ciência e tecnologia.

Inaceitável que, como resultado de políticas imediatistas, especialmente a educação pública seja precarizada no seu financiamento, reduzida a números e índices em nome de um ajuste fiscal que foi imposto, como tantas outras “medidas”, sem uma ampla discussão com a sociedade.

A universidade pública, de um modo em geral, que convive há anos com os efeitos desastrosos dos contingenciamentos orçamentários, das claras tentativas de privatização e dos atentados flagrantes à sua autonomia, poderá sofrer um golpe definitivo em sua missão e na sua atuação.

Ratifica, por conseguinte, em nome das conquistas históricas do povo brasileiro, em especial do povo maranhense, sua posição firme de defesa dos direitos constitucionais referentes à educação pública e de qualidade, na busca da meta de aplicação de 10% do PIB na educação, não admitindo retrocessos de nenhuma natureza, muito menos à custa dos mais pobres e menos assistidos, e do sucateamento das instituições universitárias".

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.