Dia do Patrimônio Histórico Nacional

Confira alguns destaques do Patrimônio Histórico ludovicense

A cidade de São Luís é reconhecida como Patrimônio desde 1997.

Arlan Azevedo/Imirante.com*

- Atualizada em 27/03/2022 às 11h30

SÃO LUÍS - A cidade de São Luís é reconhecida como Patrimônio da Humanidade desde 1997, título concedido pela Unesco, órgão da ONU para a educação, ciência e cultura. Saiba mais sobre alguns dos principais representantes do título ludovicense, conservados ou reformados para manter a estrutura arquitetônica original.

 O Palácio dos Leões é a sede do Governo do Estado. Foto: Reprodução/Internet
O Palácio dos Leões é a sede do Governo do Estado. Foto: Reprodução/Internet

Palácio dos Leões

Esse é o edifício-sede do governo do estado brasileiro do Maranhão. Localiza-se no centro histórico da cidade de São Luís, na área designada Patrimônio Mundial pela UNESCO. Com uma história que começa no início do século XVII, o Palácio é um dos maiores símbolos da cultura maranhense.

Desde o início de sua primeira construção em 1626 como residência de governante, e após sofrer sucessivas adjunções e modificações, o edifício tornou-se descaracterizado e deteriorado ao longo dos anos, o que ocasionou a interdição da ala residencial. Após o projeto de recuperação e restauração, concluído em 2003, o prédio passou a ter as características atuais.

 A Catedral de São Luís representa a grandiosidade das construções do início de São Luís. Foto: Reprodução/Internet
A Catedral de São Luís representa a grandiosidade das construções do início de São Luís. Foto: Reprodução/Internet

Catedral de São Luís

A Catedral de São Luís do Maranhão (Catedral de Nossa Senhora da Vitória) é a sede da arquidiocese do mesmo nome. Localiza-se na Praça Pedro II, no centro de São Luís, capital do estado do Maranhão, no Brasil. É um importante monumento do núcleo antigo da cidade, declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

A diocese de São Luís do Maranhão foi criada em 1677, abrangendo desde o Ceará até o Cabo Norte (Amapá), sendo à época dependente do Patriarcado de Lisboa. Nos inícios da diocese, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória foi utilizada como Sé.

O edifício da atual Sé Catedral não foi construído com o objetivo de ser sede catedralícia. Trata-se da antiga igreja jesuíta, construída a partir de 1690 pela Companhia de Jesus, instalada no Maranhão desde os inícios do século XVII. Esta igreja, dedicada a Nossa Senhora da Luz, foi levantada com mão-de-obra indígena e inaugurada em 1699.[3] Os planos foram traçados pelo padre luxemburguês João Felipe Bettendorff e enviados aRoma, para sua aprovação. Ao lado da igreja localizava-se o Colégio Jesuíta, um grande centro cultural da região. Em 1760, sua livraria possuía 5000 volumes.

Com a expulsão dos jesuítas em 1759, os bens da Companhia passaram à coroa. Em 1761, numa reforma urbanística ordenada pelo governador Joaquim de Melo e Póvoas, a antiga Sé foi demolida para arejar o largo em frente ao Palácio dos Governadores.[5] Os edifícios jesuítas, que estavam desocupados, ganharam novos usos: o colégio passou a ser o palácio dos bispos e a igreja da Companhia tornou-se a catedral da cidade. A feição decorativa atual do palácio é derivada de uma reforma no século XIX. A fachada da catedral foi alterada no início do século XX, quando ganhou duas torres. Em 1921-22 foi elevada a sede de arquidiocese.

 O Convento das Mercês, atualmente, recebe manifestações artísticas e eventos durante todo o ano. Foto: Reprodução/Internet
O Convento das Mercês, atualmente, recebe manifestações artísticas e eventos durante todo o ano. Foto: Reprodução/Internet

Convento das Mercês

O Convento das Mercês é um antigo prédio localizado no centro histórico de São Luís do Maranhão. Foi posto sob invocação de Nossa Senhora da Assunção, embora o povo não o chamasse desta forma, começou a ser construído em 1654, quando chegaram à São Luís os mercedários João Cerveira (maranhense de Alcântara) e Marcos Natividade, vindos de Belém, que se juntaram aos frades Manoel de Assunção e Antônio Nolasco, além do leigo João das Mercês. Foi erguida ali em taipa coberta de palha. No ano seguinte, em terreno adicional, reedificaram as instalações em pedra e cal, construindo a capela-mor.

Com a Independência do Brasil (7 de setembro de 1822), iniciou-se um processo de esvaziamento do imóvel que resultou em seu abandono. Somente em meados do século XIX o logradouro passará por intervenções, destinando-se seu espaço para sede do Seminário Menor. Em 5 de maio de 1905, o prédio foi vendido para o Governo do Estado do Maranhão, que tratou de fazer novas intervenções na arquitetura original, invertendo, inclusive, as frentes do convento e da igreja anexa (que davam para o mar) e lhes conferiu a unidade de fachada única.

*Com informações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

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