Ainda vão discutir o valor da indenização...

Secretaria afirma que família de Fagner Barros será indenizada

Jovem de 19 anos foi assassinado no dia 13 de agosto em reintegração de posse na Vila Luizão.

Imirante.com, com informações da Sedihpop

Atualizada em 27/03/2022 às 11h39
(Foto: Biaman Prado/O Estado)

SÃO LUÍS – Na última terça-feira (1º), parentes de Fagner Barros dos Santos, de 19 anos, morto no último dia 13 de agosto em ação de reintegração de posse em um terreno na Vila Luizão, se reuniram com representantes da Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop).

Relembre o caso:

Cabo da Polícia Militar do Maranhão mata jovem durante reintegração de posse

Parentes de jovem morto por PM afirmam que ele não era bandido

Armas utilizadas por militares em reintegração de posse serão periciadas pelo Icrim

Armas periciadas não foram as usadas no Caso Fagner, diz Icrim

Segundo informações da Sedihpop, foi apresentado para a família da vítima a proposta de um acordo extrajudicial. Ainda de acordo com a Secretaria, o governo estadual encaminhará à Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão minuta de lei concedendo pensão especial à viúva de Fagner, para manter a renda e as condições de vida da família.

A Sedihpop e a Procuradoria Geral do Estado (PGE) estudam também o montante a ser pago a título de indenização, pelo Estado. “Esta é uma demonstração de que o Estado reconhece o erro na operação e apresenta à família tais medidas de reparação”, declarou Igor Almeida.

As autoridades lembraram o caso Gerô para exemplificar à família o que significará a pensão concedida pelo Estado. O artista popular Jeremias Pereira da Silva, o Gerô, foi torturado até a morte por policiais militares em 22 de março de 2007 – em 2008, na data, foi instituído o Dia Estadual de Combate à Tortura.

“Já foi elaborado um projeto de lei garantindo a concessão de pensão até a pequena Ágata completar 18 anos – independentemente de mudanças na legislação sobre maioridade penal. A pensão será reajustada conforme o reajuste do funcionalismo público do Estado e tem que ser garantida por lei para que independa da vontade de futuros gestores eleitos”, explicou Igor Almeida. “Somos conscientes que valor nenhum repara a perda, e propomos este acordo extrajudicial para evitar um processo longo, que pode causar ainda mais dor à família”, prosseguiu.

As autoridades também colocaram à disposição da família os serviços do Estado de acompanhamento social e jurídico. “A família ainda está muito sentida, minha mãe chora toda noite”, ressaltou Ferdinan, irmão de Fagner.

Nova conversa deve ser agendada após consulta da família a seu advogado e a definição, pela Sedihpop e PGE, do valor a ser pago à família a título de indenização.

Há um inquérito policial militar aberto pela Polícia Civil para investigar as responsabilidades. Tão logo seja oferecida denúncia ao Ministério Público, este pode requerer à Justiça a prisão preventiva dos envolvidos.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.