Operação da PF

PF investiga envolvimento de deputados com desvio de fundos de pensão

Deputado Waldir Maranhão (PP) é citado no caso; O parlamentar nega ter contato com o doleiro.

Jornal Nacional

Atualizada em 27/03/2022 às 12h02

BRASÍLIA - O inquérito da Operação Miqueias, que investiga o desvio de dinheiro de fundos de pensão municipais, foi encaminhado nesta quarta-feira (2) para o Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de envolvimento de deputados. Os telefonemas foram gravados pela Polícia Federal.

Segundo relatório da PF, o doleiro Fayed Treboulsi, apontado como chefe da quadrilha, conversa várias vezes com três deputados federais: Waldir Maranhão, do PP do Maranhão, Davi Alcolumbre, do DEM do Amapá, e Eduardo Gomes, do PSDB - que está licenciado e é o atual secretário de Esportes de Tocantins.

Ainda segundo a Polícia Federal, uma agenda de Fayed apreendida traz anotações de valores ao lado do nome de Eduardo Gomes: R$ 60 mil, R$ 250 mil e R$ 100 mil. Mas o relatório não explica do que se trata.

A Polícia Federal identificou ainda dois depósitos de R$ 100 mil cada um na conta de Amando Almeida Leão Neto, funcionário de Eduardo Gomes. Segundo o relatório, as transferências foram feitas por empresas de pessoas ligadas ao doleiro Fayed.

Por causa do surgimento de nomes de parlamentares na apuração da Polícia Federal, o desembargador Candido Ribeiro, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, decidiu remeter o inquérito para o Supremo Tribunal Federal, que vai decidir se há elementos para investigar os parlamentares.

Justificativas

O deputado Waldir Maranhão disse que nunca teve contato com o doleiro Fayed. O deputado Davi Alcolumbre negou que tivesse intermediado encontros do doleiro com prefeitos.

O secretário do Tocantins, Eduardo Gomes, admitiu que apresentou prefeitos a Fayed, mas disse que eles não fecharam negócios com o doleiro. Eduardo Gomes declarou ainda que vai apurar informações sobre os depósitos feitos na conta do funcionário dele.

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