Mapeamento

Iphan lança livro sobre patrimônio ferroviário do Maranhão

No mesmo dia do lançamento do livro, Instituto realiza oficina de preservação do Patrimônio Ferroviário.

Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 13h05

SÃO LUÍS - O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por meio de sua superintendência no Maranhão, lança, na próxima quarta-feira (18), no seu auditório (Rua do Giz, 235, Centro), às 18h30, o livro "Inventário do Patrimônio Ferroviário do Maranhão". A obra faz o mapeamento dos bens imóveis ao longo da estrada de ferro São Luís-Teresina, retratando as características físicas e culturais desses bens, com o intuito de subsidiar e auxiliar na sua gestão e proteção por parte da instituição.

A pesquisa foi realizada entre os anos de 2007 e início de 2008 e priorizou, no primeiro momento, a realização de um amplo levantamento de dados históricos sobre os primórdios da ferrovia, produzida com base nos relatórios dos presidentes da Província do Maranhão no período de 1870 até 1908, chegando até o processo de consolidação das primeiras linhas férreas.

Paralela a pesquisa histórica, a obra traça um panorama físico-arquitetônico das estações, galpões, vilas ferroviárias, moradias, caixas d’água, pontes, armazéns, oficinas e escolas, todos remanescentes que se estendem ao longo da ferrovia São Luís-Teresina. Ao todo, quinze municípios maranhenses cortados pelos trilhos da estrada tiveram bens inventariados. São eles: São Luís, Bacabeira, Rosário, Santa Rita, Itapecurú-Mirim, Cantanhede, Pirapemas, Coroatá, Pedreiras, Lima Campos, Peritoró, Timbiras, Codó, Caxias e Timom.

O trabalho possibilitou uma abordagem sobre a arquitetura ferroviária no Maranhão a partir da analise dos dados contidos nas fichas do inventário de conhecimento composto por: localização, uso atual, condições de conservação, integridade cultural, interesse local na ocupação dos imóveis, plantas arquitetônicas; fotografias antigas e atuais e ocorrência do acervo documental e dos bens móveis e integrados.

Coordenadora do inventário, a arquiteta Stella Soares de Brito lembra que as ferrovias tiveram papel de destaque no rompimento do histórico isolamento do sertão maranhense e no desenvolvimento do interior do estado. “Com a desativação para uso de passageiros, permanecendo apenas o transporte de cargas e minérios, as estações ficaram obsoletas, tornando o ambiente do seu entorno decadentes em muitas cidades”, lamenta a pesquisadora.

Segundo Kátia Bogéa, Superintendente do Iphan no Maranhão, a publicação é também "uma forma de chamar a atenção para a necessidade de medidas urgentes para a preservação do patrimônio ferroviário, já que o mesmo se encontra em acelerado processo de deterioração física, salvo raras exceções".

Antecedendo ao lançamento do livro, o Iphan realiza, no mesmo dia a "1ª Oficina de Preservação do Patrimônio Ferroviário no Maranhão". O evento tem como objetivo compartilhar as informações contidas no inventário e também no Decreto Lei Nº 11.483/07, junto às prefeituras das cidades onde os bens inventariados estão localizados e às instituições ligadas ao processo de inventariança da extinta Rede Ferroviária Federal - S/A (RFFSA).

Com informações do Iphan.

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