CAXIAS - Preservar a memória e a cultura de Caxias tem sido o objetivo de três importantes instituições culturais no município: a Academia Caxiense de Letras (ACL), o Memorial da Guerra da Balaiada e o Instituto Histórico e Geográfico de Caxias (IHGC).

Essas instituições têm cumprido muito bem esse papel, em decorrência das parcerias firmadas. A participação popular também tem sido importante, pois é justamente para o público comum que as atividades são desenvolvidas pela ACL, pelo memorial e pelo IHGC.

No Memorial da Guerra da Balaiada, por exemplo, a principal parceria foi com o sistema educacional de Caxias. A coordenadora do memorial, Betânia Costa, lembrou que a principal parceria do museu dedicado a um dos mais importantes fatos históricos do Maranhão tem sido com a educação.

Os estudantes são os principais visitantes do memorial. Somente no ano passado, 18 mil visitantes passaram pelo local, praticamente a mesma quantidade do número de pessoas que recebeu o Parque Nacional do Município de São Raimundo Nonato, no Piauí, onde fica o berço do homem americano, que recebeu 20 mil visitantes.

“Essa não é uma parceria restrita às escolas da rede municipal, mas a todas as unidades de ensino, sem qualquer distinção. Se fizermos uma análise de como era o conhecimento acerca da história do município, antes do memorial e hoje, veremos uma grande diferença. Hoje, eles sabem mais sobre os fatos históricos. São pesquisadores e visitantes assíduos”, informou Betânia Costa.

A população também está criando o hábito de ir ao memorial. A coordenadora explicou que os turistas são levados até o Memorial da Guerra da Balaiada por parentes que residem em Caxias. “Eles estão adquirindo esse hábito. As excursões de cidades vizinhas são muito comuns. Só do município de Miguel Alves (PI), já vieram três excursões diferentes somente este ano. Ficamos contentes que as pessoas estejam preocupadas em resgatar sua própria memória”, festejou Betânia Costa.

O Memorial da Guerra da Balaiada é aberto de segunda a sexta-feira, das 9h às 20h. As visitas são sempre monitoradas. Aos sábados e feriados, o memorial também funciona nos mesmos horários, mas as visitas são monitoradas apenas na parte da manhã.

“Ainda não tivemos condições de manter um guia o tempo inteiro, mas os vigias também receberam capacitação e eles prestam informações para os visitantes, apesar de não ser com a mesma riqueza de detalhes que uma pessoa especialmente qualificada pode dar”, enfatizou a coordenadora.

Na Academia Caxiense de Letras, o atrativo para os visitantes é a biblioteca. É nesse espaço que pesquisadores, estudantes e curiosos aprendem um pouco mais sobre a cultura caxiense. A presença de um dos 40 membros que compõem a casa também contribui para esse entendimento. São eles os palestrantes e acompanhantes das visitas.

A abertura para outros eventos também ajuda a estreitar esses laços com a população. No auditório da casa, equipado recentemente, acontecem os mais variados encontros, desde os culturais, com a apresentação de peças teatrais aos políticos.

“É uma forma de valorizar também o espaço que nós temos. Uma abertura para aqueles que nunca visitaram a academia possam vir aqui, nem que seja por meio da realização de outros eventos que não sejam os promovidos pela Academia Caxiense de Letras. Assim, nós desmistificamos alguns tabus. Principalmente o de que a instituição é voltada apenas para um grupo restrito”, esclareceu o presidente da ACL, Renato Meneses.

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