Clima

Período de chuvas está atrasado em Caxias

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 13h49

CAXIAS - O período de chuvas ainda não começou em Caxias. A previsão do Instituto Meteorológico, com unidade em Caxias e sede em Belém do Pará, era que as chuvas começassem a cair na segunda quinzena de novembro, mas até agora ó “chuviscou” no município, para desespero dos agricultores.

No povoado Alto Alegre, onde o agricultor José Francisco de Oliveira preparou a terra para o plantio de milho, feijão e arroz, pouca coisa mudou. Galhos secos e árvores com sinais de pouca água ainda fazem parte da realidade local.

O prejuízo do plantio este ano, por causa da estiagem, ficou em mais de R$ 800,00. Era o dinheiro que serviria para pagar um empréstimo bancário. “Sem a chuva, fica ruim pra gente fazer alguma coisa. No começo do ano, não consegui quase nada, todo o dinheiro que tive foi para comer. Portanto, pagar as contas ficou difícil”, declarou o lavrador.

Sem chuva, para a maioria dos agricultores caxienses, é impossível obter bons resultados na plantação. Isso porque a maior parte deles faz roçado para sua própria subsistência e são poucos os que conhecem ou podem pagar por irrigação artificial.

O agricultor Elias Pinheiro encontrou nas garrafas pet uma alternativa para manter a plantação de banana durante a estiagem. Ele fez pequenos furos nas garrafas cheias de água e amarrou as embalagens nas plantas, mas não foi o suficiente para evitar o prejuízo na hora da colheita.

“As frutas não cresceram direito, ficaram boas, mas não estavam bonitas como as de anos anteriores”, destacou Elias Pinheiro. A terra para a próxima safra já foi adubada, ele espera agora que a estação chuvosa chegue, para que não seja obrigado a apelar por uma intervenção divina.

Se os agricultores e outros profissionais que dependem da estação chuvosa para colher lucros aguardam com ansiedade chuvas intensas na região, outros comemoraram o calor prolongado. É o caso do vendedor de picolés Adailton dos Santos. Ele afirma que não vai ficar rico com a venda do produto, mas garante que o comércio está bom.

“Vendo picolé há dois anos e para mim esse é o melhor período. Todo dia saio com o carrinho cheio e volto com pouca coisa para a fábrica. Para mim, é bom demais, porque com o dinheiro que estou juntando será para comprar um DVD que a gente está querendo lá em casa. É claro que vai ser dos mais baratinhos, mas a gente não vai ficar devendo ninguém e isso tudo é o picolé que proporcionará”, garantiu o vendendor.

Para a comerciante de sorvete Iasnara da Silva, o calor também tem sido um grande parceiro. Ela lembra que há dias, em que o calor é tão intenso, que chega vender 42 sorvetes, ao preço de R$ 1,00 cada, em uma única tarde.

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