Chegada do período chuvoso deixa trecho da BR-226 quase intrafegável

Buracos e lama ao longo da via dificultam a passagem de veículos e pedestres.

Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 14h07

CAXIAS - O período chuvoso chegou na Região dos Cocais e junto com ele não apenas alegrias para os que es-peram com ansiedade pelas chuvas, mas também insatisfação e preocupação. O principal problema é gerado pela situação em que se encontra a BR-226, que liga os municípios de Presidente Dutra a Timon. São mais de 100 metros de pista dividida entre as-falto e piçarra, onde a lama e os buracos tomam contam da via durante esse período.

A maioria das reclamações parte dos caminhoneiros. Quem é obrigado a cortar caminho pela BR-226, evitando a BR-316, para encurtar distância, reclama do descaso em que se encontra a estrada, caso do motorista Felipe Sena. Ele tem que entregar, em um prazo de cinco dias, um carregamento de produtos de beleza, com destino ao estado de Pernambuco. O motorista confessa o arrependimento de ter optado por esse trecho da BR para fazer a travessia.

“Eu pensei que fosse fazer uma grande troca ao vir pela BR- 226, mas não, foi pior. Estou perdendo tempo e dinheiro. É um absurdo a gente pagar tantos impostos e ser obrigado a trafegar em uma estrada como esta”, re-clama o motorista.

O trecho da BR-226 mais prejudicada é onde há apenas piçarra. Quando a chuva cai, os problemas ficam cada vez mais evidentes: buracos e poças de lama. Trafegar rápido é impossível. Além do risco de atolar, há o de acidentes. Além da pouca sinalização, não há acostamento na pista. A ação de marginais é facilitada pela falta de estrutura da estrada.

Dificuldades

Não só os caminhoneiros são prejudicados. Quem precisa viajar para povoados próximos também sente dificuldade. A caxiense Leda Maria de Moraes, 54 anos, tem parentes no povoado Santa Rosa. Não há como chegar até lá, em menos de um dia de viagem, sem passar pela BR-226. Ela e os vinte e 26 passageiros que trafegaram pelo local nesta última semana foram obrigados a fazer a travessia da rodovia a pé por mais de 15 metros.

É que, em virtude da chuva, o ônibus atolou e, quando isso acontece, os passageiros são obrigados a esperar mais de três horas pela retirada do veículo ou até mesmo esperar por um outro ônibus. Situação que ela afirma já ter passado em outras estações chuvosas.

“Aqui é assim mesmo. Ninguém está nem aí para nós. Além de ter que vir nesses ônibus ruins, o mesmo ainda corre o risco de atolar. Para isso não ocorrer, o motorista pede que a gente atravesse a pé. É horrível, além de tudo ficamos sujos de lama. Já fiquei várias vezes mais de meio dia esperando ajuda, porque o ônibus quebrou ou ninguém conseguiu desatolar sem ajuda de um trator ou de caminhoneiros.Todo mundo que tem que passar por aqui reclama e é um absurdo eles não consertarem essa estrada”, declara Leda Moraes.

Promessas de recuperação da BR-226 já existem, mas tanto motoristas quanto usuários de ônibus e condutores de veículos em geral esperam ansiosos que as promessas saiam do papel.

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