SÃO LUÍS - Depois de conquistar referência nacional em termos de pesquisas genéticas, a Universidade Federal do Maranhão está integrada a uma rede de entidades federais para pesquisa genômica do guaraná.
O projeto, identificado como "Análise Genômica da Paullina cupana", está sendo desenvolvido pela Universidade Federal do Amazonas.
Toda pesquisa de DNA começa com a formação de uma rede de estudos formada por diversas entidades e professores. No caso do Guaraná, foi constituída a Rede da Amazônia Legal de Pesquisa Genômica. O prazo de conclusão é de três anos e deverá consumir investimentos da ordem de R$ 4.498.000,00.
Uma parcela de R$ 300 mil já foi liberada e os recursos estão sendo utilizados para a implantação das Bibliotecas de DNA, uma das primeiras providências em projetos dessa envergadura. A professora Doutora Emygdia Rosa explica que essa é uma etapa fundamental para o desenvolvimento das fases seguintes do cronograma da pesquisa.
- Você extrai o DNA do organismo, que por sua vez é fragmentado e inserido em moléculas definidas como vetores. Esses vetores são plasmídeos bacterianos. As bactérias se reproduzem rapidamente e dessa forma são obtidos os clones do DNA do organismo a ser seqüenciado.
No caso do guaraná, todas as atenções estão voltadas para as partes da planta consideradas mais importantes, como as sementes e as folhas.
Depois das bibliotecas prontas, cada parceiro do projeto recebe um lote específico para estudo. No caso do Maranhão, cabe ao Laboratório de Genética da UFMA e a equipe da professora Emygdia a missão de identificar a seqüência do DNA e retornar essas informações a um banco de dados da Rede, na Universidade Federal do Amazonas, em Manaus.
- É importante conhecer a estrutura dos genes, pois neles estão informações importantes, como teor de proteínas, gordura, carbohidratos, resistência a toxinas, vulnerabilidade a pragas e uma série de informações vitais e necessárias para o aproveitamento econômico e cientifico do produto analisado. Conhecendo a estrutura molecular do DNA é possível, entre outras coisas, otimizar as qualidades da planta estudada e até criar condições de imunização e resistência natural do guaranazeiro em relação às pragas nocivas a esse tipo de lavoura - enfatiza a professora Emigdya Rosa.
O guaraná é um produto de grande potencial da econômia da Amazônia e o Maranhão entra nesse projeto por fazer parte da Amazônia Legal e por sua referência em termos de pesquisas em genética molecular.
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