Setor discute criação de pólo de fardamentos no MA

Agência Nordeste

Atualizada em 27/03/2022 às 15h29

Inspiradas no Pólo de Moda Íntima de Nova Friburgo, NO Rio de Janeiro, 60 pequenas indústrias do setor de confecções planejam criar um pólo produtor de uniformes no Maranhão.

Essa foi uma das conclusões do Workshop de Confecções. Promovido pelo Fórum de Confecções do Estado do Maranhão, o evento reuniu 80 pessoas, entre empresários, fornecedores, dirigentes de associações e sindicatos, técnicos do Senai, Cefet e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), além de parceiros (como o Banco do Brasil e Banco do Nordeste) e consultores.

O Fórum foi criado em maio e vem se consolidando como espaço para discussão de alternativas de incremento para o setor, hoje dependente de parcerias esporádicas.

Há três anos, empresas locais são responsáveis pela confecção de uniformes para a Polícia Militar do Maranhão.

A iniciativa gerou novas ocupações, renda e know-how que agora será usada para justificar novas parcerias comerciais.

A experiência despertou o interesse da TAM (empresa de transportes aéreos), que pretende fazer uma parceria experimental com o grupo para a fabricação de uniformes.

Do workshop resultou um plano para solucionar, em curto, médio e longo prazo, problemas como baixa capacidade de produção em larga escala, falta de comercialização regular, baixo nível de tecnologia utilizado, aumento da qualidade e competitividade e marketing para fixação dos produtos no mercado.

O primeiro passo é investir no Fórum e ampliar sua abrangência incluindo outros parceiros como universidades e centros de pesquisa.

Outro investimento é a revitalização da Cooperativa (Comacon), que passaria a funcionar como central de compra de insumos e venda de produtos, articulando parcerias comerciais para o setor.

Nesta fase, o apoio do Sebrae será com palestras sobre cooperativismo e consultorias para a gestão da entidade.

Simultaneamente, as empresas vão ser capacitadas nas áreas técnica e gerencial pelo Senai e Sebrae, respectivamente.

Inovações devem ser agregadas ao processo produtivo através de um programa de desenvolvimento tecnológico.

Na área de crédito, o grupo vai negociar linhas específicas para o segmento e, junto ao Banco do Nordeste, vai pleitear a reabertura de linhas de financiamento que estão suspensas.

Outro desafio é aumentar a credibilidade, criando o “padrão de qualidade Maranhão” para as confecções locais. Conforme Hélio Maia, da área de Crédito e Capitalização do Sebrae no Maranhão, “isso evitaria que os produtos fossem vendidos para outros estados, onde são etiquetados e vendidos como se ali fossem fabricadas”.

Dona da Malharia Mavica, Maria Vitória Ribeiro da Silva acredita que “com esse incentivo as empresas vão trabalhar com capacidade máxima, gerar mais empregos e até pensar em expansão”.

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