Maranhão exporta plasma sangüíneo

Hemomar está enviando componente à França para fabricação de hemoderivados como a albumina e imunoglobina.

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 15h30

O Hemomar está exportando plasma para a França. Lá o componente sangüíneo é transformado em hemoderivados, como a albumina, importante para doentes hepáticos e vítimas de queimaduras, e os fatores de coagulação, indispensáveis para os hemofílicos. Quanto mais plasma é exportado, mais hemoderivados são repassados ao Maranhão. A primeira remessa, contendo 855 bolsas de plasma comum e 480 bolsas de plasma fresco congelado, foi enviada no final de agosto. O segundo envio, com quase a mesma quantidade de material, aconteceu no último dia 19.

O plasma é exportado porque no Brasil não existe nenhuma fábrica de fracionamento. Assim, o Governo Federal é obrigado a importar grande parte dos hemoderivados, gastando cerca de U$ 50 milhões por ano. Além do Hemomar, outros 30 hemocentros do país estão exportando plasma.

Para garantir a segurança e a qualidade da matéria-prima, o plasma vai de navio, mas os hemoderivados voltam de avião. O número de bolsas enviadas à França depende muito do sangue doado no estado.

Quanto mais estoque o Hemomar tiver, maior será a quantidade de plasma e, conseqüentemente, de hemoderivados repassados ao Maranhão.

“Por esta razão, é importante que as pessoas façam doações voluntárias. Este é um gesto muito simples, que pode salvar a vida de muitos. O Hemomar está fazendo tudo para que o número de doadores aumente, desde campanhas educativas à ampliação da rede de hemonúcleos no estado”, informou a supervisora do Centro de Hemoterapia e Hematologia do Maranhão (Hemomar), Ana Ranoy Lima.

“Além do plasma enviado, nós temos que manter também uma boa quantidade deste material, visto que fazemos mil transfusões de plasma por mês. Ele é recomendado no tratamento de hemorragia, por exemplo, quando ainda se desconhece o hemoderivado que o paciente está necessitando”, explicou a supervisora.

Segurança - O Hemomar, unidade vinculada à Gerência de Qualidade de Vida, passou a fazer parte de um programa do Ministério da Saúde para reaproveitamento do plasma comum e do plasma fresco congelado, com dois grandes objetivos. O primeiro é reduzir os custos com a importação de imunoglobinas, fatores de coagulação VIII e IX. O outro objetivo é aumentar a segurança epidemiológica, visto que os hemoderivados estarão sendo produzidos com plasma brasileiro. “É bom lembrar que, na Europa, recentemente, aconteceu a doença da vaca louca e esta seria uma das doenças que poderíamos estar importando”, ressaltou ela.

O único hemoderivado produzido atualmente no país é a albumina, mas ainda em quantidade bem inferior à demanda. A albumina é indicada para o tratamento de pessoas portadoras de patologias do fígado e também para as vítimas de grandes queimaduras.

O Maranhão participa do programa de reaproveitamento do plasma, pois, além de ter passado no controle rigoroso de qualidade, tem interesse em aumentar o seu estoque disponível de fator VIII e IX, albumina e imunoglobinas, para atender a toda a população do estado.

“Com todos os investimentos que o Governo do Estado vem fazendo, o Hemomar está preparado para estes envios, beneficiando uma grande quantidade de pessoas que dependem dos hemoderivados. Este é um grande avanço para o estado”, destacou o gerente de Qualidade de Vida, o médico Abdon Murad.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.