Justiça

Júri Popular condena mulher acusada pela morte do marido

A sessão do julgamento teve 38 horas de duração.

Imirante.com / com informações da CGJ-MA

Atualizada em 27/03/2022 às 11h17
Sessão do Tribunal do Júri.
Sessão do Tribunal do Júri. (Foto: divulgação)

ITAPECURU MIRIM - A juíza Edeuly Maia Silva, titular da 3ª Vara de Itapecuru-Mirim, presidiu um julgamento pelo Tribunal do Júri na comarca na última semana. A sessão teve como réus Lúcia Regina Mendonça Bastos, Benedita de Araújo Melo, e Carlos Alberto da Silva Santos, todos acusados de, por intermédio de pistoleiros, terem planejado e executado a morte do marido de Lúcia Regina Mendonça. A sessão teve início na quinta-feira (12), sendo retomada e encerrada na sexta-feira (13), totalizando 38 horas de duração.

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A acusada Benedita de Araújo foi absolvida pelo Conselho de Sentença, enquanto Carlos Alberto foi considerado culpado e condenado à pena de 12 anos de reclusão. Já Lúcia Regina teve a pena fixada em 12 anos, sete meses e 20 dias de reclusão. Segundo a sentença, os dois condenados poderão recorrer em liberdade.

Consta na peça acusatória que, em julho de 2011, os três teriam planejado a morte do marido de Lúcia Regina. A ex-companheira afirmou que sofria constantes agressões por parte do marido, o que teria motivado o planejamento do crime em companhia de Benedita de Araújo. Elas contactaram Carlos Alberto que, por sua vez, teria acionado dois homens para concretizarem a morte. O processo dos dois homens corre em separado, segundo a Justiça.

O inquérito relatou que a vítima estava na Loja Tarsotel, no centro da cidade, quando uma moto parou na porta. O homem que estava na garupa desceu, se aproximou, e disparou dois tiros na cabeça da vítima para, em seguida, empreenderem fuga. No decorrer da investigação, a polícia apurou que a vítima era casada com Lúcia Regina desde 1994, tendo com ela duas filhas. Foi apurado, ainda, que Lúcia Regina havia registrado dois boletins de ocorrência, alegando ser vítima de violência doméstica praticada pelo marido, desde o ano de 2003.

Relata a denúncia que Lúcia Regina e Carlos Alberto teriam se encontrado uma vez em Chapadinha para acertar detalhes do crime, momento em que Carlos ligou para um dos executores e afirmou que o valor do serviço seria de R$ 50 mil. A polícia desvendou o crime após realizar, sob autorização judicial, a interceptação dos telefones dos acusados.

Além da magistrada presidente do Tribunal do Júri, a sessão contou com os promotores Denis Lima Rego, Benedito de Jesus Nascimento e Carlos Augusto Soares na acusação. Na defesa dos réus, os advogados Erivelton Lago, Jogundo Ferreira Franco Filho, Eduardo Ferreira Bringel e Vitor de Sousa Lima.

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