São Paulo - O CD "Um Quarto de Si" marca a estreia do arquiteto gaúcho Glênio Bohrer no cenário musical, aos 60 anos de idade. O disco já está disponível nas plataformas digitais Spotify, Youtube, Apple Music, Amazon Music, Deezer e outras, e reúne 13 canções originais que enveredam por diversos caminhos da MPB, com participação de nomes marcantes da música gaúcha. O show de lançamento (online e presencial) acontece no dia 21 de outubro (quinta-feira), às 21h, no Espaço 373 (Rua Comendador Coruja, 373, Distrito Criativo | Porto Alegre). Dani Rauen, Dany Calixto, Dudu Sperb, Manoela Fortuna, Marcelo Delacroix, Mirian Bravo e Monica Tomasi são os intérpretes convidados por ele. Bohrer também assina a produção do disco, que tem direção musical e arranjos de Toneco da Costa, nome reconhecido no cenário musical brasileiro.
Arquiteto e professor da UFRGS, Glênio Bohrer começou a compor ainda nos tempos do Julinho (Colégio Estadual Júlio de Castilhos), na companhia de Aldo Votto e Claudio DusSantos, eternos amigos e parceiros em muitas das composições. "Um Quarto de Si" é o registro de uma produção acumulada ao longo de quatro décadas, “talvez corajosa e temerariamente permitida em se mostrar pelo salvo conduto da idade", acredita o compositor porto-alegrense. "Talvez um vício próprio dos arquitetos, que muitas vezes teimam em se aventurar por outras áreas que não as suas de ofício", explica.
O trabalho nasceu de sua paixão pela MPB, da admiração pelos grandes compositores da época e principalmente pelo fazer dos letristas, pelo verso que dá sentido à melodia. O registro das composições se materializou em um projeto cercado de amigos músicos que deram vida às criações guardadas por décadas. "Muito mais que um projeto artístico é um projeto de amor, que carrega os afetos da juventude e dos dias de hoje na assinatura de parcerias musicais e de vida: o coração, os acordes e as palavras." O álbum foi gravado ainda antes da pandemia, entre 2018 e 2019.
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Para o autor, o trabalho valoriza as variações que só a riqueza da música brasileira permite, reverenciando ritmos universais com uma marca muito clara da MPB. O álbum flerta com o blues em "Medo de pisar em Falso", com o bolero em "Jogo de Azar", com o fado em "Um Quarto de Si" e com a salsa em "El Tiempo Un Cuchillo", e traz ainda o samba e a MPB em diversas músicas. A faixa-título também dá margem a múltiplas interpretações: desde a imagem que ilustra a capa, onde a lua "é quase um quarto de si" até a compartimentação em cômodos, que trazemos dentro de nós. E não deixa de ser “um pedaço indivisível de mim”, como conclui o autor.
O músico Marcelo Delacroix define o disco como uma obra afetiva: “Foi um trabalho feito por muitos amigos". O intérprete das faixas "Olhos no Breu" e "El Tiempo, um Cuchillo" salienta a camaradagem e a qualidade das composições. "Nos ensaios e gravações em estúdio, o clima era sempre festivo e todos estavam felizes em participar do projeto. Não era só estar no disco de um amigo, era também fazer parte de um bom disco, do trabalho competente de um amigo."
Para Dudu Sperb, o compositor acertou na união de pessoas. "Os encontros acabam passando para a música registrada um pouco dessa humanidade, de estar junto, dessas coisas que movem a gente - não apenas na música, mas na vida", acredita o artista que, além de cantar duas canções, assina a arte gráfica do disco.
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