Relatório

Ações para o clima na COP26 podem salvar milhões de vidas, diz OMS

Três quartos dos profissionais de Saúde do mundo pediram nesta que os governos adotem mais ações pelo clima na conferência global climática

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Sede da Organização Mundial da Saúde (Organização Mundial da Saúde OMS)

Genebra - A Organização Mundial da Saúde e cerca de três quartos dos profissionais de Saúde do mundo pediram nesta segunda-feira (11) que os governos adotem mais ações pelo clima na conferência global climática COP26, apontando que isso pode salvar milhões de vidas ao ano.

O relatório da agência sanitária da ONU sobre mudanças climáticas e os pedidos da área por ações transformadoras em todos os setores, incluindo energia, transporte e finanças, aponta que os benefícios de ações ambiciosas em relação ao clima superam de longe seus custos.

"A queima de combustíveis fósseis está nos matando. As mudanças climáticas são a principal ameaça de saúde que a humanidade enfrenta", afirmou a OMS.

A OMS disse anteriormente que cerca de 13,7 milhões de mortes por ano, ou cerca de 24,3% do total global, aconteceram por conta de riscos ambientais como a poluição do ar e a exposição a químicos.

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Não está claro exatamente quantos dessas mortes estão diretamente ligados às mudanças climáticas, embora a diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente da OMS, Maria Neira, tenha dito que cerca de 80% das mortes por conta da poluição do ar poderiam ter sido prevenidas se suas orientações fossem cumpridas.

As mudanças climáticas também impulsionam algumas doenças infecciosas como a dengue e a malária, causando mortes em algumas das regiões mais pobres do planeta, segundo Diarmid Campbell-Lendrum, diretor da unidade de Mudanças Climáticas da OMS.

"Nossa saúde não é negociável: estamos indo para negociações sobre o clima, estamos negociando muitas coisas, mas a vida de uma só criança, seja ela perdida para a poluição do ar ou para as mudanças climáticas, não é algo que deveria estar na mesa", disse. As informações são da Reuters, via Agência Brasil.

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