Maranhão - O Poder Judiciário condenou somente nesta semana três acusados de cometerem crime de feminicídio. Um dos julgamentos ocorreu no último dia 26, no fórum da cidade de Pedreiras e tendo como réu Ivan da Silva Sousa, o Mossoró, que foi condenado a 19 anos e seis meses de prisão. Segundo a polícia, ele é acusado de ter assassinado a ex-namorada Jackeline Rodrigues da Silva, no dia 16 de julho de 2019, em Trizidela do Vale. Neste ano, 32 feminicídios já ocorreram em todo o estado, enquanto, no ano passado, 60 casos.
O julgamento de Ivan Sousa foi presidido pela juíza da 3ª Vara da Comarca de Pedreiras, Claudilene de Oliveira. A acusação foi feita pelo promotor de Justiça Lindenberg Vieira e a defesa do réu contou com a participação do defensor público Fabrício Mendonça. Na praça Bandeirantes, localizada nas proximidades do fórum, populares realizaram uma manifestação pacífica com cartazes pedindo justiça pela morte brutal da vítima e o fim da violência contra a mulher.
De acordo com a denúncia, Mossoró teria assassinado a ex-namorada devido de não concordar com o fim do relacionamento. No dia do crime, ele chegou a ver a vítima na companhia de um amigo, nome não revelado, e desferiu vários golpes de faca, principalmente, nas costas de Jackeline da Silva.
A vítima primeiramente foi levada para o hospital da cidade, mas em razão da gravidade dos ferimentos teve que ser transferida para o hospital, em Peritoró, onde veio a falecer. O acusado foi preso e declarou a autoria do crime para a polícia.
Esquartejamento do corpo
A Justiça condenou no dia 25 deste mês Daniel Araújo da Silva a 18 anos de reclusão, a ser cumprida, inicialmente, em regime fechado e não pode recorrer em liberdade. O julgamento ocorreu no plenário da Câmara de Vereadores de Itapecuru-Mirim e sendo presidido pela juíza Jaqueline Cunha.
Destaca a denúncia que, no dia 14 de março de 2020, na residência do casal, localizada no bairro Torre, em Itapecuru-Mirim, o denunciado teria matado a sua companheira, uma adolescente, de 17 anos, com emprego de asfixia. No dia seguinte, ele teria ateado fogo no corpo da vítima e espalhado os restos mortais em algumas partes do Povoado Covas, localidade de Itapecuru Mirim.
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O motivo do crime teria sido ciúmes. A polícia ficou sabendo do caso após quatro dias do caso e Daniel da Silva tentou fugir da cidade em um táxi, com destino a cidade de Miranda do Norte, mas, acabou sendo preso e conduzido para a delegacia.
Fórum do Calhau
Nahim Lemoel da Silva Ribeiro, que é acusado de atear fogo na sua ex-companheira Dielli Iasmin Viana Costa, no dia 15 de outubro de 2017, na Cidade Operária, vai cumprir pena de 6 anos e 4 meses de reclusão. Ele foi condenado por tentativa de homicídio, em sessão de júri popular, no último dia 26, no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau, sendo, após o julgamento, levado de volta ao presídio. A motivação do crime seria porque o réu não aceitava o término do relacionamento.
O juiz titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Gilberto de Moura Lima, que presidiu o julgamento, manteve a prisão cautelar do acusado, negando-lhe o direito de recorrer da decisão do júri em liberdade. Atuou na acusação o promotor de justiça Rodolfo Soares dos Reis, enquanto, a defesa foi feita pelo defensor público Thales Pereira.
Na época do crime, Nahim Lemoel da Silva saiu de São Luís e estava foragido até ser encontrado e preso em Brasília, no Distrito Federal, onde estava residindo. O réu foi condenado por tentativa de homicídio, com as qualificadoras motivo fútil, uso de fogo, emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e violência familiar (feminicídio).
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Dielli Iasmin Viana, que havia saído na noite anterior com o denunciado em uma tentativa de reatar o relacionamento, na manhã do dia do crime estava dormindo sozinha em sua residência. Nahim Lemoel da Silva Ribeiro foi até uma mercearia, comprou um litro de álcool, entrou na casa e ateou fogo, inclusive no corpo da ex-companheira. Em seguida, trancou a mulher dentro do imóvel e saiu andando pela rua de forma bem tranquila.
Os vizinhos, ao sentirem o cheiro de fumaça, arrombaram o imóvel e conseguiram retirar a vítima pela janela. Dielli Iasmin Viana Costa já estava muito queimada e apenas pedia socorro. Foi encontrado na casa o litro de álcool que o acusado utilizou para colocar fogo no local. Consta na denúncia que o casal, que vivia maritalmente há sete meses, tinha um relacionamento conturbado, com diversos términos e voltas. Nahim Lemoel da Silva sempre ameaçava a companheira e o filho dela de três anos.
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