Oitiva

CPI da Pandemia pode ter depoimento de ministro da CGU

Informação foi dada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro; segundo ele, há dificuldade de colocar aliados do governo para serem ouvidos

Agência Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
(Senado CPI)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que "está esperando a hora" de colocar o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) na Comissão CPI da Pandemia. De acordo com o presidente, existe dificuldade de colocar "gente nossa" na Comissão, e criticou o grupo.

"A CPI foi criada para tentar desgastar o governo". Em resposta às acusações de que seria aconselhado por um "conselho paralelo", Bolsonaro voltou a falar que conversa "com todo mundo", declarando que conversaria com os membros da CPI em audiência.

Bolsonaro reafirmou que pediu à Justiça que investigue um suposto contrato da matriz da Coronavac que estaria oferecendo vacinas pela metade do preço cobrado pelo Instituto Butantan, e que oficiou o Instituto para explicar a planilha de preços da vacina "que eles sempre negaram pra nós", em entrevista à Rádio Grande FM, de Dourados (MS).

O presidente voltou a criticar o colegiado e por não convocar o ex-secretário Executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Eduardo Gabas, nem investigar a compra de 300 ventiladores clínicos de UTI pelo Consórcio Nordeste junto à empresa Hempcare. "Tal compra - que foi alvo da chamada Operação Ragnarok, da Polícia Civil da Bahia - custou mais de 48 milhões de reais ao Erário, pagos antecipadamente, e os equipamentos nunca foram entregues", afirma o Senador Eduardo Girão (Podemos-CE), autor do requerimento de convocação de Gabas.

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O presidente declarou ainda que suas posições no passado, quando fez reiteradas críticas a vacinas, colocando em xeque sua eficácia e fazendo declarações contra os imunizantes, eram uma forma de se "blindar" ao que poderia acontecer. "Lá atrás, não vou dizer polêmicas, eu assumi certas posições para exatamente, nos blindamos do que poderia acontecer, a vacina passou a ser também um grande negócio", disse.

O presidente também voltou afirmar que tinha duas condicionantes para compra de vacinas, a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e o pagamento somente após a chegada dos imunizantes. Coisas que, segundo ele, impediram corrupção no governo.

O presidente também voltou a defender que não existem intermediários para vender vacina. "Brasília, quem conhece um pouco, aqui é terra de lobista, de lobista do bem e do mal, e ficam aí tentando passar a perna, ou fazer realmente valer a intenção de sua empresa", declarou o presidente em sua defesa.

Bolsonaro afirmou acreditar que o ciclo de vacinação no país seja concluído no máximo em novembro. "O Brasil saiu na frente nas negociações da vacina com o mundo todo, alguns me acusam de ter atrasado a vacinação em pelo menos seis meses. Se você retroagir seis meses, na data cai aproximadamente em dezembro, e em dezembro começou a vacinação no mundo", disse.

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