São Luís - O sotaque carregado não dá para negar que ele é natural de Recife (PE), embora resida com a esposa e os filhos há duas décadas no Maranhão. No decorrer desse período, a vida do delegado de polícia Dicival Gonçalves da Silva sempre foi dedicada, exclusivamente, à área da segurança pública. Fruto do trabalho feito com muita dedicação e ética, ele acabou sendo agraciado com o título de “Cidadão Maranhense”, em 2018. Atualmente, é coordenador executivo do programa “Pacto pela Paz”.
Dicival começou a carreira policial ainda em Pernambuco, em 1997, como escrivão, mas foi na polícia maranhense que encontrou grandes desafios e alcançou conquistas que ainda hoje rendem bons frutos, principalmente na profissão. “Tenho ciência de que sou um profissional da área de segurança pública apto a combater a criminalidade, mas também, estou preparado para desenvolver ações de cunho social, ou seja, em prol da comunidade”, frisa.
Ele conta que, em 2001, assumiu pela primeira vez o comando de uma delegacia da Polícia Civil do Maranhão, na cidade de Buriti, onde ficou por quase cinco anos. Naquela localidade, conseguiu combater o tráfico de droga e diminuir os crimes de assalto e homicídio. Logo após, foi delegado titular da delegacia de Vargem Grande e acabou ficando por um período de um ano. Também assumiu o comando da Delegacia de Morros.
A partir de 2012, Dicival Gonçalves passou a trabalhar na segurança pública, diretamente da Grande Ilha. Ele assumiu o comando da Delegacia Especial da Cidade Operária, como também esteve à frente do distrito policial da Cidade Olímpica. O foco do trabalho do delegado e da sua equipe de policiais era combater as ações cometidas pelos integrantes de facções criminosas, principalmente o tráfico de droga e os homicídios.
No ano de 2015, ele assumiu a Superintendência da Polícia Civil do Interior (SPCI) da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Dicival Gonçalves passou a coordenador todas as delegacias do interior do estado. Ele disse que durante essa gestão teve como alvo combater a venda de droga e os assassinatos.
Também como superintendente da SPCI, coordenou diversas operações como Ciclone, Chapada Segura, Vigor, Mulher Feliz e Inocência Roubada, no interior do estado, que resultaram na prisão de mais de 200 acusados de roubo, tráfico de entorpecente, homicídios, estupro e pedofilia, como ainda apreensões de armamento, droga e veículos.
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Pacto pela Paz
Em março de 2017, Dicival Gonçalves assumiu a coordenação executiva do Pacto pela Paz. Para ele, esse programa é uma articulação maior entre as forças de segurança pública e a sociedade civil para as comunidades.
Ele frisou que o programa tem como um dos objetivos estreitar o relacionamento entre a comunidade e a segurança pública. “No Pacto Pela Paz, está inserido o comandante da Polícia Militar da região, o delegado de Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros e a Guarda Municipal. Eles possuem a tarefa de traçar políticas de aproximação pela segurança pública”, explicou Dicival Gonçalves.
O Pacto pela Paz foi criado em dezembro de 2015, por meio da Lei Estadual 10.387, destinado a promover e apoiar esforços das instituições públicas, entidades da sociedade civil e cidadãos, visando à redução da violência e a difusão de uma cultura da paz, do respeito às leis e aos direitos humanos.
Dicival Gonçalves informou que, no momento, há 43 Conselhos Comunitários do Pacto pela Paz na Grande Ilha e mais 86 nas cidades do interior do estado. Somente, em Imperatriz, existem quatro conselhos. “O nosso objetivo é instalar os conselhos em todo o estado”, frisou o coordenador-executivo do Pacto pela Paz.
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