4 milhões de refeições servidas por mês desde 2015, diz governo

SÃO LUÍS - Divulgada na última quinta-feira (17), pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que no Maranhão, 66,2% dos domicílios apresentavam situação de insegurança alimentar (IA) em 2017 e 2018. Os dados posicionaram o estado no primeiro lugar do ranking da fome no país. Sobre o cenário, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes) informou, por meio de nota, que em 2015 foi implantada a Política de Segurança Alimentar e Nutricional. Segundo a pasta, desde então, os indicadores relacionados à segurança alimentar vêm melhorando.

“Desde o ano de 2015, quando a Política de Segurança Alimentar e Nutricional foi implantada pelo governo Flavio Dino, os indicadores que caracterizam a qualidade vida da população apresentaram queda notável, principalmente, em razão do fortalecimento das políticas públicas para o combate à fome e a desnutrição no Maranhão”, informa a Sedes em nota.

De acordo com a secretária, desde 2015, foram contabilizadas 4.609.972 refeições servidas por mês. Já durante a pandemia, os meses de março a agosto, foram servidas 24 mil refeições à população em situação de rua e vulnerabilidade social. Também foi ressaltado que atualmente a rede de restaurantes populares possui oito equipamentos na capital somado ao Banco de Alimentos instalado na CEASA e 44 restaurantes distribuídos por vários municípios maranhenses. As cidades que integram o Programa Mais IDH receberam 25 restaurantes. “A administração estadual tem trabalhado para reverter o cenário de insegurança alimentar por meio da ampliação em sua rede de restaurantes populares que oferta refeições de qualidade a baixo custo, além de capacitações e orientação nutricional. Em 2015, São Luís contava com apenas seis unidades” é explicado em nota.

Segundo o IBGE, em números absolutos, 1.304.000 lares estavam nessa situação. Dentre todas as UFs, o Maranhão tinha, em 2017/2018, o maior percentual de domicílios nesse indicador de condições de vida. Essa posição do Maranhão também aconteceu em 2009 e em 2013, quando o IBGE realizou pesquisa com a mesma temática. Esses são alguns dos números apontados pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF).

“A Política de Segurança Alimentar busca avançar mais no combate à erradicação da fome no estado com foco na educação alimentar e nutricional de forma integral, com atendimentos individuais dentro dos restaurantes populares e incentivo ao desperdício zero”, concluiu a secretária.

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Mesa Brasil

O programa Mesa Brasil foi criado pelo SESC com o intuito de minimizar os efeitos na fome e auxiliar nos cuidados com a alimentação. Para isso, o projeto beneficia entidades sociais com toneladas de alimentos excedentes da comercialização e produção perfeitos para o consumo, para possibilitar a complementação alimentar de qualidade para crianças, jovens, adultos e idosos.

De acordo com Organização das Nações Unidas para Alimentação (FAO), um terço do alimento produzido no mundo se perde devido ao plantio, manuseio e transporte inadequados. Dos que chegam à mesa da população, 20% são descartados. Tendo isso em vista, o projeto, que contribui para entidades cadastradas que atuem tanto na cidade de São Luís quanto no município de Caxias, tem realizado ações de educação alimentar e entrega de alimentos para complementar a alimentação.

Para participar do programa empresas e entidades podem doar produtos alimentícios, equipamentos, utensílios e material de consumo. O Sesc é responsável pela coleta e transporte da doação. Os alimentos recebidos complementam a refeição das pessoas atendidas, somando valor nutricional à mesa das entidades cadastradas junto ao Programa Mesa Brasil.

O que doar:

Carne e derivados
Combustível
Embalagens próprias para transporte de alimentos
Enlatados e conservas
Equipamentos de cozinha
Frios e laticínios
Frutas, verduras e legumes
Grãos e cereais
Móveis
Pães e massas
Serviços diversos
Utensílios culinários

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