A importância da mamografia e quando deve ser realizada
Em 5 de fevereiro, celebra-se o Dia Nacional da Mamografia; dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que, no Brasil, as taxas de mortalidade continuam elevadas devido ao diagnóstico tardio
SÃO PAULO - Não é nenhum segredo que amamentação, boa alimentação, prática de exercícios e controle da massa corporal reduz o risco de câncer de mama. Porém, deve-se destacar a importância do autoexame e dos exames de rastreio, conforme orientação médica, a fim de uma possível detecção precoce das alterações mamárias de maior risco.
Apesar de todas as informações, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 40% das mulheres brasileiras, de 50 a 69 anos de idade, não fazem mamografia, faixa etária prioritária para o exame preventivo.
“A prevenção é a melhor forma de lidar com qualquer doença, principalmente, quando falamos do câncer. Se no momento do diagnóstico o tumor tiver menos de 1 centímetro (estágio inicial) e, dependendo do tipo do câncer, as chances de cura chegam a 95%. Portanto, quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maiores são as chances de cura”, comenta Renato de Oliveira, ginecologista responsável pela área de reprodução humana da clínica Criogênesis.
O câncer de mama é mais comum a partir dos 50 anos e, à medida que a idade avança, torna-se maior o risco de desenvolver a doença. No entanto, o especialista alerta que mulheres com histórico familiar, independentemente da idade, são mais suscetíveis a desenvolvê-lo.
“Mulheres a partir dos 40 anos podem fazer mamografia uma vez ao ano. Porém, o Ministério da Saúde, recomenda, de um modo geral, que esta prática se inicie a partir dos 50 anos. Caso tenham algum parente próximo com câncer de mama, exista algum nódulo ou suspeita de doença, o início da investigação deve ser antecipado. A ultrassonografia pode ser indicada como exame complementar, assim como há indicações específicas para o rastreamento com ressonância nuclear magnética. As mulheres com fatores de risco devem ter atenção especial e não postergar a procura de uma orientação especializada”.
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No entanto, ainda que não existam casos na família, a pessoa pode adquirir a doença, sobretudo, se estiverem presentes alguns fatores de risco tais como: obesidade, tabagismo, ingestão regular de álcool, primeira menstruação em uma idade precoce, menopausa após os 50 anos, primeira gravidez após os 30 anos, ausência de gravidez, a própria predisposição genética, entre outros.
Gestante pode fazer o exame?
No período da gestação, a mamografia deve ser evitada em mulheres que não apresentam qualquer sintoma nas mamas. No entanto, em casos de suspeita do surgimento da doença na gestação, o exame indicado é o ultrassom devido a maior segurança e conforto para a paciente.
“Exceto em casos de forte recomendação, como na suspeita aumentada de câncer, a mamografia deve ser realizada. Se for necessária, os radiologistas protegem o abdome da mulher com um avental especial”, explica Dr. Renato. Ainda de acordo com o médico, durante a gravidez, o câncer de mama não é tão frequente, mas pode acontecer. “A gravidez geralmente ocorre em uma faixa etária que não é a principal para o câncer. Geralmente, os possíveis nódulos são benignos na maioria dos casos. Porém, todo o nódulo deve ser investigado”, acrescenta.
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