Investigação

Polícia prende oitava suspeita de participação na morte de jovens que cavaram as próprias covas em Timon

Jovem presa aparece no vídeo em que as vítimas aparecem cavando as próprias covas, antes de serem mortas.

Imirante.com, com informações do G1

Atualizada em 27/03/2022 às 11h02
Delegacia de Homicídios de Timon. (Foto: Laura Moura / G1)

TIMON – A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) prendeu Karina Ellen do Carmo Sousa, suspeita de participação na morte de duas adolescentes que foram obrigadas a cavar a cova onde foram enterradas em Timon, município distante 432 km de São Luís. A prisão foi realizada na sexta-feira (23), mas só foi divulgada pela polícia nesta segunda-feira (26).

Segundo a Polícia Civil de Timon, as vítimas Joyce Ellen, de 15 anos, e Maria Eduarda, de 17 anos, foram torturadas, mortas e os corpos enterrados após serem sentenciadas de morte em um ‘tribunal do crime’, realizado por uma facção criminosa.

De acordo com o delegado Antônio Valente, da Delegacia de Homicídios de Timon, a jovem presa aparece no vídeo em que as vítimas aparecem cavando as próprias covas, antes de serem mortas.

Ao todo, 10 pessoas já foram indiciadas pelas mortes das adolescentes. Antes, seis mulheres e uma travesti já tinham sido presas por participação nos crimes. Dois suspeitos seguem foragidos, identificados como Johnny Willer Rodrigues de Souza, um dos líderes de organização criminosa, que reside em São Luís, e Antônio de Deus Pereira, líder da organização no Piauí.

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Ainda segundo o delegado Antônio Valente, as investigações chegaram à conclusão de que o crime foi praticado com crueldade. “Uma das vítimas pediu para morrer de tiro ou que a enterrassem viva, mas que parassem de bater nela. Os laudos cadavéricos apontaram que as adolescentes foram mortas com golpes de faca, taco, pá e picareta. Uma delas enterrada ainda viva", contou o delegado.

Também de acordo com o delegado que acompanha o caso, as vítimas não eram integrantes de facção criminosa. Porém, três das envolvidas no crime conheciam a adolescente Maria Eduarda, do bairro Vila da Paz.

"A Joyce residia na área da organização rival e postava fotos fazendo menção apenas por brincadeira. Já Maria Eduarda morava na área da organização que a matou, fazia fotos com o símbolo da referida facção sem ao menos participar e foi executada", explicou.

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