Em evento acadêmico

UFMA pede investigação criminal contra historiadora que fez performance erótica

Tertuliana Lustosa dançou e cantou a música com letra erótica no evento "Dissidências de gênero e sexualidades".

Imirante.com

Atualizada em 25/10/2024 às 14h58
Historiadora mostra glúteos e faz dança erótica em palestra. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

SÃO LUÍS - A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) informou que pediu ao Ministério Público Federal (MPF) uma investigação criminal contra a historiadora e travesti Tertuliana Lustosa, pela performance erótica durante um evento acadêmico na instituição.

A medida deve investigar possíveis crimes cometidos pela historiadora. De acordo com a UFMA, ela serve para 'garantir a responsabilização penal adequada e preservar a integridade institucional da Universidade Federal do Maranhão'. A historiadora e travesti Tertuliana Lustosa ainda não se manifestou sobre a atitude da UFMA.

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De acordo com Universidade Federal do Maranhão, Tertuliana Lustosa não pertence ao quadro funcional da instituição e quer a apuração da conduta da historiadora, que, no dia 17 de outubro, participou como palestrante no seminário "Dissidências de gênero e sexualidades", organizado pelo Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e Política (Gaep).

Em um dos momentos da palestra, Tertuliana se levanta e canta uma de suas músicas, “Educando com o C*”, mostrando os glúteos para a plateia. Após a performance, a própria historiadora divulgou o vídeo nas redes sociais e o caso viralizou.

Deputados no Maranhão e em Brasília, além de estudantes, repudiaram o ato e foi pedido ao MPF, à AGU e ao Ministério da Educação uma apuração do caso e se houve uso de dinheiro público para o convite e a performance de Tertuliana.

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Em nota, a UFMA também classificou o caso como “um ato isolado” e disse que houve prejuízos sociais e de imagem à instituição. Afirmou ainda que “não foram utilizados recursos da própria instituição para a realização do evento, haja vista o financiamento ter sido realizado pelo Programa de Apoio a Eventos no País (PAEP)/CAPES”.

Por fim, a UFMA informou que fez atualizações nas normas para realização de eventos na instituição e suspendeu os eventos do Programa e Grupo de pesquisa envolvidos no caso, até que a sindicância seja finalizada.

Leia, abaixo, a última nota da UFMA sobre o caso:

"A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) informa que, cumprindo com sua obrigação legal, requereu do Ministério Público Federal (MPF) a devida apuração penal dos fatos ocorridos em recente evento realizado no Centro de Ciências Humanas. Por meio do Ofício nº 96/2024, a UFMA solicitou ao MPF a instauração de procedimento investigativo para apurar a conduta da palestrante, que NÃO PERTENCE AO QUADRO FUNCIONAL DA UNIVERSIDADE, e de quaisquer outros responsáveis, de modo a garantir a responsabilização penal adequada e preservar a integridade institucional da Universidade Federal do Maranhão. A UFMA reafirma seu compromisso com a transparência e a educação pública de qualidade e agradece o apoio da comunidade acadêmica e da sociedade em geral durante este processo. Por fim, reforça seu empenho em promover um espaço de aprendizado e convivência pautado pela ética e pelo respeito mútuo", diz a nota.

 

 

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