Eleições 2024

Candidatos à prefeitura de São Luís confrontam-se no Debate Imirante

Postulantes ao cargo de prefeito de São Luís enfrentaram-se no debate promovido antes das eleições. Eduardo Braide faltou.

Ipolítica

Atualizada em 20/09/2024 às 09h36
Postulantes ao cargo de prefeito de São Luís enfrentaram-se no debate (Foto: Imirante)

SÃO LUÍS - Os candidatos a prefeito de São Luís Duarte (PSB), Wellington do Curso (Novo), Flávia Alves (Solidariedade), Fábio Câmara (PDT), Dr. Yglésio (PRTB), Franklin (PSOL) e Saulo Arcangeli (PSTU) participaram, na noite desta quinta-feira (19) do Debate Imirante.

Eduardo Braide (PSD), que busca a reeleição de mandato, foi o único ausente. Ele não justificou a ausência no programa. Na sua agenda de compromissos divulgada durante todo o dia, contudo, ele indicou compromissos administrativos no período noturno. A cadeira de Braide - pelas regras estabelecidas pelo programa antecipadamente e aceitas por todos os candidatos no que diz respeito a quem eventualmente não se fizesse presente -, permaneceu vazia com uma placa de identificação.

O programa foi mediado pela jornalista Carla Lima, da TV Mirante, e teve quatro blocos.

Os candidatos responderam a perguntas elaboradas por jornalistas do Grupo Mirante, e também fizeram questionamentos uns aos outros com comentários, réplicas e tréplicas.

Veja como foi o debate, bloco a bloco:

1º bloco - apresentação de candidatos

Cada candidato teve 2 minutos para a apresentação inicial. Yglésio foi o primeiro a se apresentar. Ele afirmou ser o único candidato de direita na disputa eleitoral e assegurou contar com o apoio do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Ele fez um apanhado de ações desenvolvidas em seu mandato na Assembleia Legislativa e falou de sua carreira como médico.

Duarte foi o segundo a se apresentar. Ele parabenizou os candidatos presentes e lamentou a ausência do prefeito Eduardo Braide, que busca a reeleição. Ele ressaltou a importância do debate para que cada candidato explique ao eleitor o seu plano governo para o Executivo Municipal.

Flávia Alves logo em seguida se apresentou aos eleitores. Ela ressaltou o fato de ser a única mulher na disputa e disse que tem uma missão para chegar ao comando do Executivo. Ela também lamentou a ausência de Braide e elencou uma série de problemas na gestão municipal.

Wellington do Curso agradeceu a Deus pela oportunidade de debater a cidade. Ele destacou a importância do debate, uma vez que ele não tem direito a programa eleitoral gratuito. Wellington disse que é de direita, afirmou que é um empresário de sucesso e destacou o seu mandato no Legislativo Estadual. Ele afirmou que quer transformar São Luís para melhor.

Franklin Douglas se identificou como um homem negro e lamentou a ausência de Braide. Ele disse que iria confrontar as incoerências da atual gestão. O candidato afirmou que o plebiscito sobre o passe livre é de sua autoria. Ele pediu voto favorável à consulta, que ocorrerá no dia do pleito. Franklin disse que não é um político, é um “intelectual na política”.

Já Fábio Câmara afirmou que é um “homem preto”. Ele detalhou a sua vestimenta, explicou que os detalhes foram para as pessoas cegas. Fábio falou um pouco sobre a sua trajetória de vida e agradeceu o apoio aos amigos. O pedetista também fez referência à família e disse São Luís terá pela primeira vez um prefeito negro.

O candidato do PSTU, Saulo Arcangeli, se apresentou logo em seguida. Ele falou de sua trajetória profissional e acadêmica, disse que não tem tempo de TV, mas ponderou que as pessoas conhecem a sua história de “luta” pelos direitos sociais.

Perguntas de jornalistas

Flávia Alves foi quem respondeu a primeira pergunta, feita pelo jornalista Clóvis Cabalau sobre o saneamento básico. 

“O principal poluidor de São Luís e a Caema e esse problema historicamente não é enfrentado”. Ela disse que é preciso ter coragem para enfrentar o problema e disse que se for necessário, vai rever o contrato de São Luís com a companhia.

Saulo Arcangeli foi quem comentou a resposta. Ele rechaçou a possibilidade de cancelar o contrato com a Caema: “não tenho acordo para entregar nem a água nem o esgoto para a iniciativa privada, porque a iniciativa privada a gente sabe, quer lucrar”.  

Arcangeli foi quem respondeu a segunda pergunta do debate, feita pela jornalista Alessandra Rodrigues e que tratou da segurança pública. Ele defendeu a institucionalização da polícia civil e a desmilitarização das polícias.

Yglésio foi sorteado para comentar a resposta do candidato do PSTU. Ele afirmou que o partido do adversário defende bandido. Ele também defendeu uma atuação mais efetiva da Guarda Municipal contra a “criminalidade” nas ruas.

Saulo rebateu e disse que não defende bandido, e sim, trabalhador.

Yglésio respondeu em seguida uma pergunta sobre transporte público. Fábio Câmara foi sorteado para comentar.

O candidato do PRTB defendeu um plano de mobilidade urbana na capital e criticou o que segundo ele é falta de planejamento da atual gestão em relação ao programa Trânsito Livre. Ele defendeu redução de passagens.

Fábio Câmara disse que vai acabar com o modelo de catraca, segundo ele, ultrapassado, e implantar o sistema de quilometragem na capital, a exemplo de como é feito o calculo para pagamento do serviço de táxi. “Vamos implantar o VLT no início do nosso governo”.

O pedetista, logo em seguida, respondeu a pergunta sobre decisão judicial que trata do impedimento de uso de carros de tração animal (carroceiros) em São Luís.

“Enquanto prefeito de São Luís eu serei garantidor de direitos. A primeira coisa é fazer um inventário e respeitar o carroceiro de São Luís”.

Franklin Douglas foi quem fez o comentário, sobre o tema. Ele disse que é preciso fazer o que Braide não fez. “Dar uma saída para os carroceiros”, para que a médio e longo prazo haja solução para esse segmento.

O candidato do PSOL respondeu a pergunta de Wallace Brito, sobre esporte e infraestrutura do estádio Nhozinho Santos.

“O esporte tem de ser uma área pensada sob o ponto de vista estratégico”. Ele falou em reforma de escolas e concurso público para profissionais de educação física. Ele também defendeu parceria com fundações, porque, segundo o candidato, todas passam pela fiscalização do Ministério Público.

Duarte foi sorteado para comentar a resposta. Ele defendeu que escolas sejam utilizadas nos fins de semana pela comunidade para poder usufruir de aparelhos esportivos. Ele defendeu aportes para clubes de futebol profissional e uma política municipal voltada ao desenvolvimento de esporte.

O socialista, logo em seguida, respondeu a pergunta de Glaydson Botelho sobre cultura. “Vamos resgatar a nossa real cultura, a nossa raiz. Nossos blocos tradicionais e a nossa Madre Deus está abandonada. Vamos garantir aporte para a cultura”. Duarte também falou sobre incentivo à feira do livro e disse que vai reativar o circo da cidade.

Wellington do Curso comentou a resposta. Ele criticou Duarte e o classificou de “mais do mesmo”. Ele também criticou Duarte e perguntou o motivo do adversário de “copiar propostas” de sua autoria.

O candidato Wellington foi questionado sobre segurança no trânsito. Ele prometeu realizar concurso público e dar condições para que o servidor atue na capital.

Flávia Alves comentou a resposta de Wellington e falou sobre o plano municipal de São Luís.  

2º bloco - temas pré-definidos sorteados

O segundo bloco do debate foi realizado com o sorteio de temas pré-definidos. Cada candidato teve direito de fazer uma pergunta e só pode ser escolhido uma vez.

Fábio Câmara perguntou para Duarte, qual o projeto do adversário para o desenvolvimento do turismo em São Luís. Duarte sugeriu a ocupação de casarões no Centro Histórico e desenvolvimento do setor econômico no local.

Duarte, logo em seguida, perguntou para Wellington qual o projeto do adversário para os terminais de integração. Wellington disse que vai rever o contrato com empresas de ônibus e reformar os cinco terminais de integração.

Administração público

Yglésio fez duras cíticas a Duarte e Yglésio e afirmou vai reduzir o número de secretarias da administração.

Flávia Alves propôs valorizar o servidor e realizar concurso público.

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Desenvolvimento social

Yglésio perguntou a Fábio Câmara como resolver dos desalentados em São Luís. O pedetista disse que vai usar a estrutura do CRAS para buscar o cidadão.

O candidato do PRTB, na réplica, criticou a gestão da assistência social da gestão Braide.

Educação

Saulo Arcangeli perguntou a Franklin Douglas o que ele fará para garantir o plano de educação. O candidato do PSOL afirmou que é preciso dialogar com professores, reformar as escolas e investir no setor. 

Tanto Arcangeli, quanto Franklin, criticaram o prefeito Eduardo Braide.

Logo em seguida os dois candidatos trataram sobre saúde pública, com novas críticas à atual gestão.

3º bloco - perguntas com temas livres

O terceiro bloco foi realizado com perguntas de temas livres entre os candidatos, sempre com direito a réplica e tréplica. Braide foi o primeiro sorteado, mas como estava ausente, a mediadora fez um novo sorteio.

Flávia Alves então foi sorteada e perguntou a Duarte a respeito de alternativas para pessoas em estado de vulnerabilidade e em condição de rua. 

Duarte afirmou que fará parceria com o governo federal. Ele criticou Braide e disse que a Semcas ficou sem efetividade por longos meses.

Moradia

Logo em seguida Duarte escolheu Fábio Câmara para perguntar sobre moradia. Ele questionou sobre propostas do adversário sobre o tema. 

“Vamos ter o programa Minha Casa, MInha vida, e vamos ter apoio da bancada federal em Brasília. A nossa prioridade é devolver para pessoas o direito de cidade”, disse Câmara.

Na réplica, Duarte, parabenizou Fábio e disse que é a mesma proposta que ele tem no plano de governo: criar o Minha Casa, Minha Vida na capital. “Vai ser a primeira vez na história que São Luís vai ter um prefeito trabalhando ao lado do governo do estado e do governo federal”.

Saúde

Logo em seguida, Câmara perguntou a Yglésio como resolver problemas de saúde do município. Antes de tratar do tema, Yglésio criticou Saulo Arcangeli, Franklin e Flávia Alves.

Na réplica, Fábio Câmara afirmou que Yglésio não respondeu a pergunta sobre a priorização das redes de saúde.

Logo em seguida, Yglésio detalhou com números como solucionar problemas na gestão de saúde da capital, sobretudo os custos para construir uma maternidade na capital.

Atrito

Yglésio e Franklin trocaram ofensas durante o terceiro bloco, e o candidato do PSOL obteve um pedido de direito de respostas concedido pelo setor jurídico do Imirante.

Tanto Yglésio, quanto Franklin, chamaram um ao outro de mentiroso e em determinado momento acabaram tumultuando o debate.

Políticas públicas para mulheres 

Logo em seguida, Franklin perguntou ao candidato ausente, Eduardo Braide, porque não há, segundo ele, priorização de políticas públicas para mulheres na atual gestão. 

Pela regra, como Braide estava ausente, o candidato do PSOL pode redirecionar a mesma pergunta para outro adversário. Ele escolheu Flávia Alves.

“As mulheres precisam de políticas afirmativas”, disse a candidata. Flávia afirmou que no seu governo, a gestante terá direito a passe livre no transporte público. 

Wellington do Curso perguntou a Saulo Arcangeli quais as propostas para a educação de São Luís.

O candidato do PSTU disse que é necessário aumentar o orçamento para a educação da capital. 

Na réplica, Wellington disse que vai revolucionar a educação: “vou reformar escolas e construir escolas. Vou reformar creches e construir novas creches. Precisamos transformar a vida das pessoas por meio da educação”.

Segunda rodada de perguntas

Na segunda rodada de perguntas entre os candidatos, Yglésio perguntou a Duarte sobre a sua proposta para o transporte público.

Duarte afirmou que fará parceria com a iniciativa privada, promoverá a redução de gastos no setor e implantar o passe livre estudantil.

Na tréplica, Duarte afirmou que a experiência de Yglésio na gestão pública foi desastrosa, e diz respeito ao período em que ele atuou como diretor do Socorrão I.

Saúde

Em seguida, Duarte escolheu Flávia Alves para tratar da saúde pública. Flávia classificou a atual gestão de saúde de caos, e afirmou que tem recebido inúmeras reclamações de cidadãos. 

Na réplica, o socialista voltou a criticar a gestão de Braide e defendeu o seu programa de governo para o setor.

Na tréplica, Flávia defendeu a criação de um centro de diagnóstico para condições atípicas.  

No quarto e último bloco os candidatos fizeram as suas considerações finais.

Assista abaixo a íntegra do Debate Imirante

 

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