BACABEIRA - Dois irmãos foram presos pela Polícia Civil do Maranhão (PC-MA), nesta terça-feira (13) por suspeita de envolvimento no assassinato do empresário Felipe Faccina Goulart, que aconteceu em 2021, na cidade de Bacabeira, no Maranhão.
A vítima era proprietária de uma rede de postos de combustíveis e de revenda de gás. Felipe Faccina foi morto com disparos de arma de fogo na região da cabeça após ser surpreendido pelos criminosos no Posto Afife, localizado no km 56 da rodovia BR-135, em Bacabeira. No momento do crime, ele estava na guarita do posto.
De acordo com as investigações, o crime teria sido motivado por disputas comerciais que tinham o objetivo de eliminar a concorrência no mercado de combustíveis. Um terceiro irmão dos conduzidos nesta terça (13), também é investigado por envolvimento no assassinato e alvo de um mandado de prisão, mas segue foragido.
O delegado-geral da Polícia Civil do Maranhão, Manoel Almeida Neto, afirmou que a operação deve colaborar para a elucidação do crime. “Essa operação visou colher elementos que levem ao esclarecimento desse assassinato. Além dos mandados de prisão, cumprimos 10 mandados de busca, sendo recolhidos diversos objetos. A partir de agora, vamos nos concentrar na análise de todo esse material apreendido para darmos os próximos passos dessa investigação até chegarmos à elucidação do caso”, disse.
Entre os objetos localizados e apreendidos durante a execução dos 10 mandados de busca estão duas armas de fogo (revolveres de calibre .38 e .40), documentos, HDs, dinheiro e celulares, dentre outros materiais que serão analisados minuciosamente.
O delegado George Marques, titular da Superintendência de Homicídio e Proteção à Pessoa (SHPP), disse que há fortes indícios da participação dos irmãos no crime. “A priori, as informações dão conta de que eles seriam as únicas pessoas que teriam motivo para praticar esse crime de homicídio. As informações foram contundentes nesse sentido e as investigações também corroboraram com esse pensamento”.
A vítima, ainda de acordo com o superintendente da SHPP, chegou a receber várias ameaças, inclusive anônimas, e um de seus postos foi alvo de disparos, antes do crime.
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Os irmãos são donos de vários postos de combustíveis, que não integram uma mesma rede. No entanto, praticam o mesmo preço de revenda, que não se equiparava com os que Felipe Faccina Goulart mantinha na região. “Existia, na verdade, um cartel incomodado com a política agressiva de preços da vítima”, complementou o delegado Ivônio Ribeiro, da SHPP, que conduz as investigações.
Aves silvestres são encontradas na residência de um dos suspeitos
Durante os desdobramentos da Operação Scarface, que prendeu dois irmãos suspeitos de envolvimento no assassinato do empresário Felipe Faccina Goulart, a Polícia Civil do Maranhão encontrou cerca de 40 aves silvestres engaioladas na residência de um dos indivíduos.
Os animais foram encontrados enquanto as equipes da polícia cumpriam mandado de busca e apreensão no endereço do alvo. As aves estão em situação irregular e as autoridades competentes foram acionadas para proceder com a identificação das espécies e o encaminhamento adequado dos animais. O suspeito recebeu uma multa no valor de R$ 200 mil.
“Assim que chegamos na propriedade, um sítio, e iniciamos as buscas, localizamos o viveiro com várias espécies de animais silvestres. O Batalhão Ambiental de Polícia Militar foi chamado e foi feito procedimento administrativo da apreensão dos animais, que foram encaminhados para um local adequado. Um procedimento criminal será aberto”, informou o delegado-geral operação da Polícia Civil, Luciano Bastos.
As aves foram encontradas em dezenas de gaiolas. Entre elas, papagaios, galos-de-campina, rouxinóis, pipiras, araçari-de-bico-branco, entre várias outas. “Todas serão transportadas para o Cetas [Centro de Triagem de Animais Silvestres], do Ibama, para que sejam tomadas as devidas providência, como avaliação do estado de saúde e se existe a possibilidade de devolução imediata à natureza”, garantiu o capitão Neto, do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPA).
Além do procedimento criminal que deve ser aberto contra o indivíduo pelas aves em cativeiro, ele também deverá responder a procedimento administrativo junto à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), que também poderá responsabilizá-lo com base em suas diretrizes legais.
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