COLUNA
Meire Rabello
Administradora, Educadora Popular e Integrante de Religiões de Matriz Africana.
Meire Rabello

A guerra e os conflitos étnicos a quem interessa?

Os conflitos étnicos sempre existiram, mas nesses últimos tempos foi se transformando em um foco de interesse e preocupação internacional.

Meire Rabello

YAHWEH, ALLAH, RAHIM, BRAHMA, OLODUMARÉ, (deus em todas as nações)! Os conflitos étnicos sempre existiram, mas nesses últimos tempos foi se transformando em um foco de interesse e preocupação internacional. Esses conflitos já acontecem desde o princípio da humanidade. Vale lembrar dos confrontos em que determinada etnia que sobrepõe a outra, encontra-se no decorrer da história como: os massacres nazistas da Segunda Guerra Mundial, as Cruzadas da Idade Média a expansão do Império Romano...etc. Todos os conflitos acreditam-se que se tem uma questão territorial, cultural, política e que envolve e mobiliza religiosamente todas as pessoas. O conflito pode perpetuar por razões étnicas e também por dominação. O que dizer dos conflitos na África que são disputas que acontecem entre diferentes grupos políticos ou grupos étnicos e religiosos nos países africanos ou entre duas ou mais nações distintas do continente, motivados por questões socioculturais, políticas e econômicas. E o que dizer do conflito entre Israel e Palestina que é travado desde a década de 1940. O fundamentalismo, em razão do viés religioso, é extremamente perigoso, alienado, militarista e tudo que é nocivo para degradação humana. E assim, considero o HAMAS, que governa a Faixa de Gaza. Um grupo extremamente autoritário, conservador. No ano de 2015, a situação da Faixa de Gaza era assim: 55% da população de Gaza sofria de depressão; 43% estavam desempregados; 40% viviam a baixo da linha da pobreza; 60% estavam em condições de insegurança alimentar.” Nesse contexto a quem interessa a GUERRA? Certo General, que não me recordo o nome nesse instante disse: “quando uma nação ganha um território com a vida de todos, seus recursos são explorados por poucos que enriquecem rapidamente”. Mas afirmo que são as pessoas pobres, pretas, comuns que pagam a conta, com corpos estuprados, violentados, centenas de casa destruídas, depressão, a fome a loucura e aumento de toda a natureza. Há uma semelhança em quase todos esses conflitos mundiais: disputas territoriais e soberania política, notadamente em regiões de fronteira; divergências entre grupos étnicos e grupos religiosos; domínio sobre os recursos naturais (combustíveis fósseis, água, terra); crises políticas internas, sobretudo em territórios marcados por um histórico de instabilidade governamental e golpes de Estado; governos autoritários e violência policial; agravamento da situação de crise humanitária em muitos territórios.” O filme o Senhor das Armas (2005), estrelado pelo ator Nicolas Cage, como tantos outros retrata muito a realidade em que vive essas nações nos tempos outrora como no contemporâneo. Mas a quem interessa as guerras? Toda guerra é a imposição de uma ordem sobre outra. A vida ceifada de um ser humano justifica? Já dizia a escritora Hannah Arendt, em seu livro “O antissemitismo e O Movimento Totalitário” Quanto mais tendem as condições para a igualdade, mais difícil se torna a explicar as diferenças que realmente existem entre as pessoas, assim fugindo da aceitação racional dessa tendência os indivíduos que se julgam de fato iguais entre si, formam 2 grupos que se tornam mais fechados com relação a outros e, com isto, diferentes. É preciso que os direitos humanos sejam considerados um elemento fundamental na construção de uma sociedade que precisa valorizar o indivíduo.

Induzo esse artigo aos fundamentalistas e ou separatistas e que podem ser entendidos como uma visão de mundo com matriz religiosa e com isso com abordagens doentias através da fé, desrespeitando o valor da pluralidade cultural, da diversidade étnica, que há tempos se perpetua. Certas posturas mundiais sociopolíticas e econômicas são baseadas no “fundamentalismo político-religioso” Isto é uma forma de calar as vozes gritantes do povo oprimido das nações.

A ÀFRICA é considerado o segundo maior e mais populoso continente do mundo e é também o continente com maior número de conflitos. E esses conflitos ocorreram e ocorrem até hoje em Ruanda, Somália, Máli, Congo, Líbia, República Centro-Africana, Darfur, Nigéria......envolvendo milícias, guerrilhas, grupos separatistas ou facções criminosas.

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E o Brasil, caminha para esse rumo?

A HUMANIDADE a VIDA deveria ser prioridade das nações.

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