A neurociência da performance

Quem já não ouviu conselhos como: acorde às 04:00 da manhã, tome banho com água fria, leia um capítulo por dia, corra dez quilômetros!!

A mudança no comportamento a nível mundial está exigindo que o homem seja uma supermáquina. 

Eis a questão, somos humanos.

Biologicamente nós sapiens vivíamos em regiões limitadas. Praticamente seu bairro era seu mundo. Nosso cérebro automaticamente analisa ambientes, simula riscos e sabe que nós pertencemos a um universo sempre nos comparando com os outros integrantes. Acredite, sua cabeça primitiva não vive no mundo da lua pensando que tudo de bom vai acontecer.

O problema é que essa propriedade foi selecionada há milhares de anos e, de repente, em algumas décadas, conseguimos saber como vive um indiano na periferia de Bombaim ou um suíço em bahnhofstrasse, a rua mais grifada da Europa. E sem querer você se compara com o garoto trader de Ferrari ou a menina fit que só come folhas.

Mas esqueceram de nos avisar que a régua da sobrevivência social está desumanamente exigente. 

Segundo Augusto Cury, um imperador romano tinha menos informações que uma criança atual de 7 anos. Isso remete a dois fatores: Primeiro que excesso de informações não significa que você será mais bem sucedido!! Acredite, ter muitas balas é importante, mas sem habilidade para atirar você é praticamente um almoxarifado de conhecimentos. 

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O segundo fator é que, quanto mais empurramos informações técnicas nas crianças, mais ocupamos a cabecinha delas com coisas cegantes de habilidades de sobrevivência: os valores tribais de significado, crenças limitantes e noção de esforço-recompensa.

Mas vamos modelar a mente de quem tem performance com resultados. Na verdade, resultados é o que a internet mais vende por atores que jamais viveram seus produtos. Sociedade do espetáculo. Saia da matrix!! Você pode estar vivendo uma vida que não é sua porque involuntariamente quer conquistar os troféus alheios.

Os maiores atletas do planeta, os homens mais bem sucedidos do mundo, as mulheres que transformaram seus ambientes e até Jesus, de quem sou absoluto e irracionalmente fã, tinham duas características em comum: o hábito sedimentado após disciplina e uma forte intenção. Todos sabiam para onde estavam indo.

É claro que acordar de madrugada, fazer mil flexões, ler 5 páginas por dia vão fazer você evoluir em algo. Mas pergunte-se: Era esse o caminho para o seu alvo? Aliás, que alvo!! Tratarmo-nos como burros de carga não foi a solução para Henry Ford, Bill Gates ou Mahatma Ghandi.

Alta performance significa você conhecer a si e o que o pertence, traçar planos claros sem muita emoção ilusória e adicionar os tijolinhos do castelo. 

No começo você segue regras sem vontade, mas depois seu corpo e seu cérebro automatizam tudo para reservar energia. E nunca se esqueça: apesar de subtrair parte das emoções nas decisões, tão importante lamentar pelos erros, é comemorar os acertos. A mente dos vencedores lembra das quedas, mas foca na próxima jogada. Sempre no seu tempo presente com os pés no chão.

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