SÃO LUÍS - Debaixo dos paralelepípedos, que revestem o chão do Centro Histórico de São Luís, há uma rede de túneis, de onde brota um precioso líquido: a água. Sob o nosso admirável conjunto arquitetônico colonial, concentram-se nascentes de água que permitiram o surgimento das galerias subterrâneas. E onde elas estão? Veja no mapa:
Quem passa pela rua dos Afogados nem deve imaginar o tesouro secular que fica a alguns metros abaixo do asfalto. De cima, não dá para escutar o som contemplativo das águas que escorrem o tempo inteiro. Da mesma forma, lá de dentro, o barulho do trânsito se esvai completamente.
Construídas, provavelmente, por volta do século XVIII, as fontes são monumentos que tinham, em sua concepção, a finalidade de abastecer de água a população. São Luís já chegou a contar com onze fontes, mas, poucas delas resistiram à ação do tempo e do homem. Entre as mais lembradas, a Fonte das Pedras, do Bispo e a do Ribeirão. A arquiteta Márcia Mesquita destaca essa necessidade de abastecimento de água na capital. Ouça trecho da entrevista:
"É uma obra de engenharia notável."Phelipe Andrès, engenheiro
O engenheiro Phelipe Andrès contou a história da galeria da Fonte do Ribeirão. Ouça:
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Tipos de Galerias
Galerias de captação: permitem a coleta da água que brota das nascentes, que se resguardam no interior das galerias. Em seu curso, esta água potável segue, por meio de carrancas, até a frente da fonte para que a população capte a água direto das biqueiras. Elas possuem, em média, dois metros de altura.
Galerias de drenagem: Permitem o escoamento da água das chuvas, que adentram por meio das bocas-de-lobo. As dimensões podem variar de uma para outra. foram inaugurados, no fim do século XX, cerca de 1.500 metros dessas galerias durante a execução das obras do Projeto Reviver.
Lendas
Há relatos de que galerias subterrâneas ligariam as igrejas históricas entre si, e seriam utilizadas pelos padres para irem de uma igreja a outra. Dizem que dentro das galerias habita uma serpente que cresce, constantemente. No dia que a cabeça do monstro encontrar sua cauda, a ilha de São Luís sucumbirá.
O Imirante.com visitou a galeria da Fonte do Ribeirão. Veja o vídeo a seguir:
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