Quilombo Jacarezinho

Quilombolas denunciam que sofrem ameaças de jagunços em São João do Soter

De acordo com os moradores do Quilombo Jacarezinho, eles vivem sob medo e tensão em razão do conflito por terra.

Imirante.com, com informações da TV Mirante

Atualizada em 21/08/2023 às 23h12
De acordo com os moradores do Quilombo Jacarezinho, eles vivem sob medo e tensão em razão do conflito por terra. (Foto: Reprodução/TV Mirante)

SÃO JOÃO DO SOTER - Os quilombolas que vivem na zona rural do município de São João do Soter, interior do Maranhão, denunciam que sofrem ameaças de jagunços contratados por fazendeiros, que fazem a extração ilegal de madeira na região.

De acordo com os moradores do Quilombo Jacarezinho, eles vivem sob medo e tensão em razão do conflito por terra. Na área, com cerca de 6 mil hectares, moram 80 famílias distribuídas em quatro comunidades, que vivem da agricultura familiar.

Ainda segundo os quilombolas, as ameaças aumentaram após a morte do líder Edvaldo Pereira Rocha, de 52 anos, em abril de 2022. Ele foi executado com seis tiros quando esperava uma carona em um comércio às margens da MA-127.

Edvaldo há anos vinha lutando pela titulação do Quilombo Jacarezinho. Meses antes do seu assassinato, ele já recebia ameaças de latifundiários.

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“Latifundiário veio com ameaças dizendo que tava vindo com autorização judicial para entrar na área e fazer o desmatamento”, disse Edvaldo em um vídeo gravado antes de sua morte.

Mais de um ano depois, nenhum suspeito do crime está preso.

“A luta continua, mas o medo é intenso. Porque já fizeram isso com ele [Edvaldo]”, disse um dos moradores do quilombo, que não quis se identificar.

À TV Mirante, a Polícia Civil informou que o inquérito que apura a morte de Edvaldo foi concluído e enviado para a Justiça. O suspeito foi preso após o crime, e solto dias depois.

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