De testemunha a suspeito: as falhas na versão do marido no caso Adriana Oliveira
Segundo delegado-geral Manoel Almeida, a investigação se aprofundou rapidamente após contradições na versão apresentada pelo marido de Adriana.

SANTA LUZIA - A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) enviou uma equipe especializada para investigar o caso da influenciadora digital Adriana Oliveira, de 27 anos. A vítima foi assassinada a tiros dentro de sua casa em Santa Luzia, no último sábado (15).
Em entrevista à TV Mirante, o delegado-geral Manoel Almeida explicou que a investigação se aprofundou rapidamente após contradições na versão apresentada pelo marido de Adriana.
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"A forma como ele descreveu os eventos e o horário em que ocorreram não condizem com as evidências coletadas no local. Além disso, constatamos que as condições de segurança na área estavam diferentes do habitual", afirmou o delegado.
A PC analisou câmeras de segurança nas redondezas para tentar identificar um possível motociclista mencionado pelo marido, mas não encontrou provas que comprovassem sua versão. O comportamento do marido também gerou suspeitas.
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"Assim que soube do ocorrido, ele primeiro comunicou a polícia e não prestou socorro à vítima, o que é incomum em situações desse tipo, aliado aos aúdios que a vítima vinha divulgando antes do crime", completou o delegado Manoel Almeida.
Além do marido, o sogro da influenciadora também foi apontado como suspeito. "Hoje temos indícios fortes de que tanto ele quanto o pai da vítima têm participação nesse crime", destacou o delegado. A investigação está sendo tratada como um caso de feminicídio, dada a gravidade das circunstâncias envolvendo a morte de Adriana.
A delegada Kazumi Tanaka também conversou com equipe da TV Mirante e enfatizou a importância de alertar mulheres que possam viver situações semelhantes. "É fundamental que as mulheres se sintam seguras para buscar ajuda e denunciar qualquer tipo de agressão ou ameaça", disse. Ela ressaltou que é responsabilidade da sociedade não apenas esperar por ações das vítimas, mas também agir para proteger vidas.
Para a delegada Kazumi Tanaka, as próximas etapas da investigação incluem ouvir mais testemunhas e analisar novos elementos que possam surgir ao longo do processo. A comunidade aguarda respostas sobre esse trágico acontecimento e clama por justiça em nome de Adriana Oliveira. Além disso, conta-se com a participação da população para auxiliar nos trabalhos da polícia, a fim de entender melhor a dinâmica dos fatos.
"O inquérito terá o prazo regular de dez dias para ser concluído e, nesse intervalo, tudo que for necessário será levantado para convencer as autoridades responsáveis pela avaliação judicial e pelo Ministério Público . Espero que possamos demonstrar à população que, apesar das dificuldades enfrentadas pelo Estado em intervir preventivamente neste tipo de crime, haverá punição", afirma a delegada Kazumi Tanaka.
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